PM ingere alimento contaminado com fezes de rato em Manaus

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Um tenente da Polícia Militar do Amazonas foi internado às pressas em um hospital da zona centro-sul de Manaus após ingerir alimento contaminado com resíduos semelhantes a fezes de rato. Isso aconteceu na quinta-feira em um quartel da corporação. Ele passou a noite em observação, foi medicado e depois liberado.

Segundo um soldado da 1° Companhia Interativa Comunitária (Cicom), unidade militar localizada no bairro Praça 14 de Janeiro, onde o fato aconteceu, a comida foi fornecida pela empresa Ripasa, que é terceirizada, e apresentou os resíduos misturados ao feijão tropeiro. "O tenente começou a vomitar e reclamar de muita dor no estômago. Daí fomos olhar a comida e encontramos o cocô de rato", disse o PM que pediu para ter a identidade preservada por medo de represálias do comando da corporação.

Levado para o Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto, o tenente André Evangelista passou por exames. Segundo uma nota da unidade hospitalar, o paciente não foi diagnosticado com um quadro de intoxicação, porém, devido ao estado clínico em que foi internado, precisou ser medicado e submetido a uma lavagem intestinal. Evangelista ainda ficou algumas horas em observação e recebeu alta durante a madrugada.

No final da manhã, o tenente ficou de conversar com o Terra, mas não atendeu mais as ligações. Segundo um colega de trabalho, ele recebeu ordens para não dar entrevistas sobre o assunto.

O comando da PM foi procurado, mas se limitou a emitir uma nota com o conteúdo idêntico à nota emitida pela assessoria de imprensa do Hospital 28 de Agosto. Questionada se houve recolhimento de amostras da comida supostamente contaminada, a assessoria de imprensa informou que só poderá se pronunciar mais detalhadamente na segunda-feira.

A Ripasa Alimentos também não retornou os contatos feitos por telefone. No entanto, a copeira da empresa, que trabalha na cantina da 1 Cicom, informou que a comida servida é produzida por eles na cozinha do Comando Geral da PM, que fica no bairro de Petrópolis. Essa comida é encaminhada aos quartéis das zonas centrais da cidade acondicionadas em panelões de alumínio, transportadas por kombis.