Fraudes em licitações abalam governos do Rio e SP

Denúncias envolvem obras com orçamentos milionários

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Os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e de São Paulo , Geraldo Alkmin, deverão começar a semana sob forte pressão da população de seus estados. Neste final de semana, denúncias envolvendo obras públicas surgiram nas mídias e devem ser explicadas pelos dois governadores por envolverem milhões de reais dos cofres públicos e terem indícios de fraude, corrupção, desvio de recursos, dentre vários outros ilícitos penais.

No Rio a licitação para recuperação das lagoas da barra da Tijuca e Jacarepaguá, vencida pelas construtoras Queiroz Galvão, OAS e Andrade Gutierrez, já tinha seu resultado conhecido numa clara prova de licitação fraudulenta envolvendo o governo de Sérgio Cabral. Em São Paulo, a empresa alemã Siemens delatou às autoridades antitruste brasileiras a existência de um cartel, do qual fazia parte, em licitações para compra de equipamento ferroviário, além de construção e manutenção de linhas de trens e metrô em São Paulo.

 Nos dois casos a situação é a mesma: a farra com o dinheiro da população justamente em dois estados em que a população reclama, e com razão, da situação precária da saúde, dos transportes públicos e da educação. Em São Paulo, a violência esbarra na falta de uma política pública que reduza a insegurança da população vem sendo apontado como o problema mais sério e urgente que Alkmin precisa resolver, mas até o momento nada foi feito que desse um bom resultado.

No Rio de Janeiro, Sérgio Cabral começa a ver sua política de segurança pública, que já foi seu carro chefe, sofrer críticas por conta do recrudescimento da violência e da falta de continuidade dos programas de ocupação das áreas onde estão instaladas as UPPs. Na educação, Cabral enfrenta críticas pelo fechamento sistemático de escolas que, junto com a prefeitura do Rio, vem reduzindo a oferta de vagas, principalmente para alunos que estudam de noite e nas áreas mais carentes da cidade. A semana promete.