Metal, madeira e vidro são perigosos: Tétano é uma das doenças graves

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Da redação, Jornal do Brasil

RIO DE JANEIRO - O tétano é uma doença grave causada por uma bactéria que pode estar presente em objetos de metal (mesmo que não estejam enferrujadom), de madeira, de vidro ou mesmo no solo (pregos, latas, ferramentas agrícolas, cacos de vidro, galho de árvore, espinhos, pedaços de móveis e outros).

As pessoas podem adoecer quando, acidentalmente, sofrem lesões na pele (ferimentos, cortes, perfurações) por objetos contaminados deixados no ambiente e contaminados pela bactéria.

O contato com os entulhos e os destroços podem provocar lesões na pele e, consequentemente, o adoecimento por tétano acidental.

Entre os sintomas da doença estão contrações excessivas de alguns músculos faciais (riso sardônico), dos músculos do pescoço (rigidez de nuca) e na região dorsal, além de rigidez muscular progressiva, atingindo os músculos abdominais (abdômen em tábua, barriga dura) e o diafragma. Também ocorre insuficiência respiratória, podendo evoluir para contraturas generalizadas. As crises de contraturas (músculo duro) geralmente são desencadeadas por estímulos luminosos ou sonoros (luzes intensas e volume de som alto). Também ocorre dificuldade de engolir os alimentos.

A melhor e mais segura forma de prevenção e proteção contra o tétano é por meio da vacinação disponível no posto de saúde. O esquema de vacinação atual é feito aos dois, quatro e seis meses de idade, com a vacina tetravalente e dois reforços com a tríplice bacteriana (dTP).

O primeiro reforço ocorre aos 15 meses, e o segundo entre quatro e seis anos de idade. O adolescente que já recebeu anteriormente três doses ou mais das vacinas dTP, dT ou dT, deve receber uma dose de reforço. São necessárias doses de reforço da vacina a cada 10 anos. Em caso de ferimentos graves, é preciso antecipar a dose de reforço para cinco anos após a última dose. O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias.

No caso de mulheres grávidas que estejas com a vacina em dia, mas que tenham recebido sua última dose há mais de cinco anos, é preciso receber uma dose de reforço. A dose deve ser aplicada no mínimo 20 dias antes da data provável do parto. Em caso de ferimentos graves, a dose de reforço deverá ser antecipada para cinco anos após a última dose.

Quem não se lembra se foi vacinado ou possua outras dúvidas deve procurar o serviço de saúde mais próximo, levando seu cartão de vacinação. Caso não possua esse cartão, é preciso informe=ar ao profissional de saúde e tomar a vacina.

Caso ocorra alguma lesão na pelo por causa de um acidente, o Ministério da Saúde recomenda que seja procurado o serviço de saúde mais próximo, e seja comunicado os detalhes do acidente ao profissional de plantão. O melhor a fazer, ainda segundo o ministério, é prevenir-se tomando a vacina antes da possibilidade de um acidente.

Falta de energia elétrica pode estragar alimentos

No caso de falta de energia é preciso tomar precauções para proteger os alimentos, evitando que os mesmos se estraguem. A geladeira conserva os alimentos frios por até quatro horas, caso seja mantida fechada durante todo o tempo. Já o freezer pode conservar a temperatura por aproximadamente 24 horas, também se a porta se mantiver fechada. Caso a eletricidade falte por um período de tempo prolongado, aconselha-se adquirir blocos de gelo para conservar a temperatura da geladeira a mais fria possível.

Durante a falta de luz, caso seja preciso consumir carne, frango, peixe ou ovos refrigerados ou congelados que ainda se conservam a uma temperatura segura, é importante que cada produto seja muito bem cozido.

Após da volta da energia, é importante se verificar cada pacote de alimento congelado para avaliar se ainda estão em boas condições. Não se deve confiar no aspecto e cheiro. É importante lembrar que, se algum alimento esteve por mais de duas horas exposto à temperatura acima de 5°C, este deve ser jogado no lixo.

Os alimentos perecíveis que não se mantêm adequadamente refrigerados ou congelados podem causar febre, diarreia e vômito se forem consumidos, mesmo que bem cozidos.

Doenças respiratórias costumam ser frequentes

É preciso alguns cuidados também para se prevenir de doenças infecciosas e respiratórias. Uma das medidas é manter os ambientes limpos e ventilados. Também é importante lavar as mãos com água e sabão antes de comer e preparar alimentos, amamentar, trocar fraldas e ao tocar em pessoas doentes ou em feridas. É preciso ainda evitar tocar os olhos, nariz ou boca com as mãos após contato com superfícies de mobílias, corrimão, puxadores de porta e outros equipamentos, que devem premanecer sempre limpos. Após a limpeza, é preciso ainda secar completamente todas as superfícies.

Sempre que tossir ou espirrar, é fundamental que se proteja a boca e o nariz com um lenço de papel. Caso não haja lenço disponível, pode ser usada a parte interna do cotovelo.

Caso haja um sistema de ar condicionado, o mesmo deve permanecer com a máxima entrada de ar fresco, bem como é preciso manter o sistema com uma limpeza adequada e realizar a manutenção periódica das redes de filtros.

Quem ficar doente por causa das enchentes deve permanecer em repouso, ter uma alimentação balanceada, ingerir líquidos e evitar sair de casa até cinco dias após o início dos sintomas. Caso haja febre, tosse ou dor de garganta, um médico deve ser procurado, e sues recomendações seguidas rigorosamente.