Mãe de Nayara: imprensa foi o que mais atrapalhou

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Portal Terra

SÃO PAULO - A mãe da adolescente Nayara Rodrigues da Silva, Andrea Rodrigues Araújo, afirmou que "a imprensa" foi o que mais atrapalhou no seqüestro de mais de 100 horas que terminou com a morte da amiga da filha, Eloá Cristina Pimentel da Silva. Ela concedeu entrevista coletiva na noite desta quarta-feira, no Complexo Hospital Municipal de Santo André, no ABC paulista, após o término do depoimento de Nayara à polícia.

Andrea voltou a afirmar que não autorizou a entrada da filha no apartamento na quinta-feira passada. Nayara, Eloá e dois colegas delas de escola foram feitos reféns por Lindemberg Alves, de 22 anos, na tarde do dia 13 de outubro.

- Fiquei sabendo pela TV, como todos vocês. (...) A polícia me disse que a Nayara estava indo lá para negociar pelo telefone. Eu fiquei conversando em outro lugar com o irmão de Eloá. Quando eu me dei conta de que ela estava saindo para o apartamento, não deu tempo de fazer nada - disse Andrea. - Se soubesse que tinha essa possibilidade dela entrar (de novo no cativeiro), eu não deixava.

Questionada sobre o que sente por Lindemberg, a mãe de Nayara disse que "ainda não assimilou seus sentimentos". Andrea afirmou que "a ficha ainda não caiu" sobre o ocorrido no seqüestro.

- Ela (Nayara) está bem. Eu queria agradecer muito o carinho de todos - conhecidos e desconhecidos -, à equipe do hospital, à equipe do Gate, que esteve todo o tempo conosco - falou.

A paciente Nayara Silva, de 15 anos, recebeu alta do hospital às 14h30. De acordo com o delegado seccional de Santo André, Luiz Carlos dos Santos, o depoimento dela à polícia começou às 15h. A mãe da adolescente disse que não havia conversa com Nayara sobre o fim da ação.

- Tudo o que fiquei sabendo sobre o desfecho do caso foi hoje durante o depoimento. Não havíamos conversado sobre isso antes - afirmou.