Caso Isabella: tia de Nardoni diz que nunca viu cena de ciúmes

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Portal Terra

SÃO PAULO - Começou por volta das 13h25, no Fórum de Santana, Zona Norte de São Paulo, o depoimento das testemunhas de defesa da ré Anna Carolina Jatobá no processo que a julga, juntamente com o companheiro, Alexandre Nardoni, pela morte da enteada, Isabella Nardoni. A segunda testemunha a ser ouvida, uma tia de Alexandre Nardoni chamada Fernanda Oliveira Moura, disse nunca ter presenciado cenas de ciúme da parte da madrasta de Isabella na convivência familiar.

Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo, ela também descreveu Anna Carolina Jatobá como uma mãe atenciosa para os dois filhos e também para Isabella.

O primeiro a ser ouvido foi o jornalista da Folha de S.Paulo Rogério Pagnan, que confirmou ter feito uma reportagem no dia seguinte à morte de Isabella. Ele ouviu dois pedreiros que trabalhavam em uma obra vizinha ao edifício London, de onde a menina foi jogada.

De acordo com o depoimento, o pedreiro que confirmou o arrombamento da obra disse que nada foi levado pelos supostos ladrões. Outro pedreiro, também ouvido pelo jornalista, vinculou o fato à varredura realizada pela Polícia Militar, descartando a necessidade de comunicá-lo a autoridades.

A terceira testemunha ouvida a partir das 14h06, chama-se Nathalia de Souza Severino e é amiga de Cristiane Nardoni, tia de Isabella. Ela relatou ter estado presente na ocasião em que Anna teria perdido as chaves de seu apartamento. Isso teria acontecido em um dia em que as três foram levar Pietro ao colégio. Ao final do depoimento, Nathalia contou que é estagiária de Antonio Nardoni, pai de Alexandre.

O namorado de Nathalia, Rafael Leitão dos Santos, foi o quarto a depor e afirmou que estava no bar no momento em que Cristiane recebeu uma ligação, no dia da morte de Isabella. Segundo ele, não houve nenhuma menção ao fato da menina ter sido jogada.

Severino disse também que costumava ir a festas da família e que a relação entre Isabella e a madrasta era boa. Ele contou ainda que esteve no edifício London no dia do crime e que, ao chegar, foi advertido por Anna Carolina para tomar cuidado pois poderia "tomar um tiro" da pessoa que teria invadido o prédio.

A quinta testemunha foi a corretora de imóveis Joana Selma Andrade Silva, que costumava freqüentar o prédio e vendeu a residência de Nardoni. Ela afirmou que chamava atenção a displicência dos porteiros, que não pediam documentos para permitir a entrada no local.

Os advogados do casal acompanham o depoimento. Os réus foram dispensados pelo juiz Maurício Fossen. Mais 11 pessoas ainda devem depor hoje.