Empresária é condenadaa a 14 anos de prisão por torturar menina em GO
Portal Terra
GOINIA - A empresária Sílvia Calabresi Lima, de 42 anos, foi condenada em primeira instância na Justiça de Goiás a 14 anos, 11 meses e 5 dias de prisão por crime de tortura contra a estudante Lucélia Rodrigues da Silva, de 12 anos. A acusada tentou alegar insanidade mental na defesa e dizia acreditar que estava 'educando' Lucélia. A empregada doméstica Vanice Maria Novaes, de 23 anos, apontada como cúmplice de Sílvia nos maus-tratos, também foi condenada a 7 anos e 11 dias de reclusão.
Silvia foi presa em flagrante no dia 17 de março após policiais civis da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) entrarem em seu apartamento, localizado numa área nobre de Goiânia, encontrando a menina amordaçada e amarrada pelas mãos em uma escada, suspensa no ar.
A sentença de José Carlos Duarte, da 7ª Vara Criminal de Goiânia, condenou ainda o marido de Sílvia, o engenheiro Marco Antônio Calabresi Lima. Ele teria de cumprir 1 ano e 8 meses, mas teve a pena substituída por prestação de serviços à comunidade por causa de seus bons antecedentes e outros atenuantes. O filho do casal, o estudante Tiago Calabresi, foi absolvido.
A mãe biológica de Lucélia, a merendeira Joana D'Arc da Silva, acusada de entrega ilegal de criança, deve ser julgada nos próximos dias, já que seu processo foi desmembrado em relação ao dos Calabresi.
Sílvia e Vanice estão detidas desde o dia 18 na Casa de Prisão Provisória (CPP), em Aparecida de Goiânia, e devem ser transferidas para a Penitenciária Feminina Consuelo Nasser, no mesmo complexo prisional da CPP, onde vão cumprir parte da pena.
