Preso que brigou com Marcola tenta novo suicídio
Portal Terra
SÃO PAULO - Pela segunda vez em menos de trinta dias, o preso Alexander Ponciano da Silva, que brigou com o líder do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, tentou o suicídio dentro do Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes.
Na última segunda-feira, por volta das 15h30, quando os agentes de segurança penitenciária foram entregar remédio ao detento, encontraram muito sangue no chão e nas paredes da cela. Imediatamente chamaram reforço e socorreram Alexander, que havia cortado os pulsos e várias veias dos braços com um alicate de unha.
Os enfermeiros do presídio, escoltados por mais de vinte policias fortemente armados, levaram o preso para o pronto-socorro da Santa Casa de Presidente Bernardes, onde recebeu 1,5 mil mililitros de sangue e permaneceu em observação até às 21h50.
Segundo o Diretor do hospital, o detento disse que não valia a pena ficar vivo, pois quando eu saísse seria pior.
- Deus vai me perdoar quando eu conseguir (o suicídio). Tenho que fazer isso o mais rápido possível. O pior de tudo é a minha família que corre risco - desabafou referindo-se às ameaças que recebe dos líderes do PCC.
No dia 12 de janeiro, Alexander se envolveu em uma briga com Marcola e, logo depois, cortou o pescoço próximo à veia jugular. Depois disso, a direção do presídio decidiu colocar o detento em uma ala separada dos demais presos, pois ele disse que estava sob constante ameaça. Até a semana passada, Alexander estava proibido de receber barbeadores, lençóis ou qualquer outro objeto que poderia facilitar uma nova tentativa de suicídio. Mas, depois de passar por atendimento psicológico, recebeu os utensílios pessoais.
Alexander não faz parte do PCC. Ele disse que, desde 2002, é jurado de morte pela facção. Agentes dizem que, depois da briga com Marcola, ele ficou perturbado e abalado emocionalmente. Ele não pode ser transferido para outra penitenciária sem ordem da Justiça porque está no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).
