As ‘verdades sobre o Brasil’ que Bolsonaro ameaça dizer na Assembleia Geral da ONU
E mais: MP/RJ, Claudio Castro, Marcelo Freixo, filho 04, militares, doutor Queiroga, Vital Brazil, Prevent Senior, Datafolha, Luiza Trajano, Fátima Bezerra, Dr. Peta, Jornal Pequeno etc.
Era só o que faltava.
Sem inteligência emocional, Bolsonaro promete apequenar aquela tribuna ao revelar ao mundo suas picuinhas domésticas. Foi o que ficou subentendido após suas recentes declarações dessa sexta (17), de que vai "dizer umas verdades sobre o Brasil" na ONU, próxima terça (21).
Analistas estão certos de que o presidente deverá, certamente, contar a seus pares chefes de estados, naquele português de beira de estrada (a bordo de uma motoca), que:
1) É perseguido pelo Judiciário (os mais céticos dizem até que ele pode citar o nome de Alexandre de Moraes, seu inimigo imaginário, no melhor estilo “ele é bobo e feio”);
2) O sistema de votação no Brasil é fraudável (não dirá que o mesmo o elegeu com seus filhos durante tantos anos), e que uma eleitora sua digitou 17 na eleição passada e o voto foi para o 13;
3) O STF proibiu seu governo de combater a covid;
4) Gastou o equivalente a 10 anos de Bolsa Família só com o Auxílio Emergencial;
5) O ICMS da gasolina, em alguns estados, é de 40%;
6) Muita gente morreu de depressão por causa do lockdown;
7) Cloroquina e Ivermectina são tiro e queda contra o coronavírus;
8) A economia do Brasil vai de vento em popa;
9) Tem gente que nasceu gente e vai morrer jacaré, por ter tomado a ‘vachina’;
10) O agro é pop, o índio é comunista, Osmar Terra é traidor e o Trump é um homão.
Agora, o que o presidente poderia mesmo dizer na ONU, de verdade, é que em matéria de "rachadinhas" ele é catedrático desde os tempos em que "comia gente’" com o dinheiro do auxílio moradia da Câmara quando deputado - conforme disse em entrevista a uma repórter em rede nacional durante a campanha à Presidência, e mesmo assim se elegeu.
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Perguntar não ofende
Onde andam os militares?
Desde o fatídico 7 de Setembro que não se ouve falar da turma verde-oliva.
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Negacionista
Doutor Queiroga, que é médico, duvidando da eficácia das vacinas em rede nacional de televisão, no papel de ministro da Saúde, é um filme que seus colegas de jalecos monogramados jamais imaginaram assistir um dia.
Renega-se uma biografia por um holerite, numa boa, na república bolsonarista.
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Aliás
Quem ouviu o médico infectologista Edimilson Migowski, diretor do Instituto Vital Brazil, falando mal das vacinas covid e da aplicação em adolescentes, nessa sexta (17) à noite, na Rádio Tupi do Rio de Janeiro, garante que, se ele ainda não assumiu, declarar-se-á bolsonarista, de largos costados, em tempo muito breve.
Já teria até comprado a indefectível camisa amarela da CBF.
A verificar.
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Pergunta básica
Então a Prevent Senior matou gente tentando avalizar as aleivosias do presidente sobre o ‘kit covid’, foi isso mesmo?
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Pesquisa
Datafolha: dentre os ricos, Bolsonaro subiu 9 pontos.
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É fato ou fake?
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Chororô
Um chororô de marca maior acometeu as hostes bolsonaristas com a última pesquisa Datafolha, divulgada nessa sexta (17).
O “mito” derrete de lavada em todos os cenários.
A continuar assim, será substituído pela dona Damares.
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O escriba
Foi Lula quem escreveu o texto sobre Luiza Trajano, que saiu na revista “Time”, onde a empresária é apontada entre as 100 pessoas mais influentes do mundo.
Ele só pediu para a ‘Janjinha’, a namorada, dar uma revisada final.
E Luiza elogiou.
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Tatame
Arthur Lira e Renan Calheiros.
A quem tiver juízo recomenda-se que não convide a dupla para tomar um café no Congresso.
Há risco de haver arremesso de xícaras.
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Cultura
A Secretaria de Cultura do governo federal reservou R$ 4,6 milhões para um projeto de jogos eletrônicos que ninguém conhece.
Jogos eletrônicos são o ramo de negócio do filho 04 do presidente da República. Aquele que disse que "pegou várias meninas do condomínio" Vivendas da Barra.
A ver.
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Bra$il
Um comerciante batizado de Alberan de Freitas Epifânio, morador da cidade de Portalegre, no Rio Grande do Norte, foi preso esta semana porque amarrou e chicoteou um rapaz quilombola em plena rua. Tal e qual um senhor de escravos, o eleitor do presidente Bolsonaro (foi comprovado) achou que tinha poder sobre o pobre de pele preta.
A polícia foi busca-lo em casa, depois que a raçuda governadora Fátima Bezerra se pronunciou, indignada, na internet.
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Cinema
O banco Itaú, que herdou salas de cinema do falecido “Circuito Unibanco”, fechou esta semana as unidades de Curitiba, Porto Alegre e Salvador. Alegou “reorganização de estratégia”.
Só serão mantidas as salas do Rio, São Paulo e Brasília.
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No Maranhão
Dr. Peta, o colunista mais prestigiado e prestigioso do Maranhão, onde escreve no “Jornal Pequeno”, garantiu em sua lidíssima coluna dominical que o filho senador do presidente, Flávio Bolsonaro, anda circulando muito pela região dos Lençóis Maranhenses.
Estaria o nobre senador a investir em imóveis naquele belo paraíso?
Ou vai abrir uma nova franquia da Kopenhagen?
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De olho no Guanabara
A briga de Marcelo Freixo e Claudio Castro nas redes sociais anda digna de nota.
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Planos de Saúde
Golden Cross pagou anúncios caríssimos nos jornais chamando novos clientes. Quando você liga para contratar, ouve que é preciso ter um CNPJ ou aderir a um plano de entidades de classes criadas especialmente para isso. E pagar de entrada um valor igual à de uma mensalidade, a título de "adesão".
Aliás, por que nenhum plano de saúde vende mais contratos individuais – o que só atrapalha o consumidor?
Se a ANS não fosse advogada das empresas, já teria resolvido isso.
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O livro
A Companhia das Letras vai lançar em novembro “A Fina Flor de Stanislaw Ponte Preta”, coletânea de textos do inesquecível cronista Sérgio Porto, organizada pelo jornalista Alvaro Costa e Silva.
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Ministério Público
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) abriu prazo de consulta pública para que a sociedade contribua em seu programa de inovação - o Impacta. O objetivo do Impacta é encontrar e fomentar a criação de soluções para desafios relacionados à atuação da instituição. Com a consulta pública, o MPRJ espera ouvir a sociedade em relação a oportunidades de inovação previamente mapeadas.
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Não é piada,
nem tuíte do Sensacionalista:
Bolsonaro chamou Eduardo Paes de “ditador”.
A fábrica de memes logo respondeu: