Assessor de Segurança Nacional dos EUA confirma encontro com Bolsonaro

Por

John Bolton (dir.)

O Assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, confirmou viagem ao Brasil no próximo dia 29, na qual se encontrará com o presidente eleito, Jair Bolsonaro. Bolton fez o anúncio em sua conta do Twitter.

"Ansioso para ver o próximo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, no Rio, em 29 de novembro. Compartilhamos muitos interesses bilaterais e trabalharemos de perto para expandir a liberdade e a prosperidade em todo o Hemisfério Ocidental", escreveu o assessor norte-americano.

No início do mês, em discurso, Bolton considerou a eleição de Bolsonaro no Brasil um sinal positivo na América Latina e destacou que o brasileiro é um parceiro com ideias semelhantes às dos EUA. Bolton, que é um dos conselheiros de Trump para política externa, considera Bolsonaro como um aliado na região contra governos de esquerda como Venezuela, Cuba e Nicarágua - o que ele já chamou de "troica da tirania".

Bolton irá ao Brasil antes de ir a Buenos Aires, na Argentina, para o encontro do G-20. 

Eduardo Bolsonaro irá aos Estados Unidos

Dias antes de Bolton vir para o Brasil, o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro, filho do presidente eleito e um dos articulares da aproximação do novo governo com os Estados Unidos, viajará a Washington. Na capital americana, ele participará de um evento a portas fechadas com membros do Brazil-US Business Council e de um almoço organizado pelo American Enterprise Institute nos dias 26 e 27.

O grupo ligado a Eduardo Bolsonaro tenta costurar, nos EUA, conversas com parlamentares republicanos, integrantes da Casa Branca e membros do Conselho de Segurança Nacional.

Há cerca de 20 dias, o Brazil-US Business Council, que irá receber Eduardo Bolsonaro, organizou evento sobre as eleições no Brasil no qual esteve presente Landon Loomis. Loomis é conselheiro do vice-presidente Mike Pence e, por já ter morado no Brasil em posto na embaixada americana no País, é considerado uma das portas de acesso do grupo de Bolsonaro à Casa Branca.

A ideia é que, depois de Washington, ele vá a Nova York para um novo encontro com integrantes do mercado financeiro, como fez em agosto, acompanhado de Filipe Martins, assessor para assuntos internacionais do PSL.

O filho de Bolsonaro já planejava uma viagem aos EUA, com encontros com o vice-presidente Mike Pence e o secretário de Estado, Mike Pompeo, mas os planos não saíram do papel e a viagem foi postergada.

(Com Estadão Conteúdo)