Último capítulo: morre a novelista Janete Clair

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16 DE NOVEMBRO DE 1983

Aos 58 anos de idade, mor- reua novelistaJanete Clair, num hospital no Rio de Janeiro,ao fim dedura luta contra o câncer. Na época de sua morte, Clair trabalhava no rotei- ro da novela

Eu prometo

, que ca- minhava parao fim. Aobra foi assumidapela escritorainician- te Glória Perez. Mesmo bastantedoente, Clair faziaquestãode assistirtodasas noites às cenas g ravadas da novela, insistindo emauxiliar nadireção de elenco até os últimos dias. Ja- neteClair foiautora tambémdas novelas

Selvade pedra

(1972),

Pe - cado capital

(1975),

Pai herói

(1978) e

Sétimo sentido

(1972). O romantismo foi a marca incon- fundíveldeJanete Claircomoau- tora e traço marcante de sua per- sonalidade. Mineira de Conquista, Janete Emmerdescobriu aos27 anos,quandoouvia asmúsicasse- renas de Clair de Lune, o nome com que iria assinar as novelas de maior audiência da TV brasileira até a sua morte. Fazia questão de manter-se sempre em atividade, mesmo de- bilitada pela doença. Foi locutora e atriz, naera deouro dorádio no Brasil, época em que conheceu Dias Gomes –o homem com oqual foi casada durante 33 anos. Apesar de estrela do rádio, Ja- nete Clair brilhou mesmo foi na televisão, melhor, por trás dela. Seus diálogos simples, amarra- dos porum roteirodivertido, aliaram-se aosfinais felizese encantaram o público. A fórmu- la dava certo. – Novela é teatro popular. Ela tem lugarpara oburlesco, opi- toresco, o picaresco, o trágico e o romântico. Quandoescrevo, me preocupo antes de tudo com o pú- blico. Ele é heterogêneo, e novela não é romance,tem uma lingua- gem própria – disse uma vez.

Amanhã:

Em 1959 -- Brasil é silenciado pela morte de Villa-Lobos