Dilma promete honrar as mulheres e diz que vai estender sua mão aos adversários

Dilma Rousseff iniciou seu pri - meir o discur so como pr esidente elo giando o a v anço democrático que permitiu que pela primeir a v ez uma m ulher c hegasse à Pr e - sidência. Como primeir o com - pr omisso , ela r egistr ou que pr e - tende “honr ar as m ulher es br a - sileir as par a que esse f ato iné - dito se torne natur al”. Entr e os compr omissos da no v a pr esiden - te estão a err adicação da pobr e - za e a contin uidade da política econômica. Antes de seguir par a comemor ação no P alácio da Al - v or ada, com o pr esidente Lula, Dilma f alou a militantes em um hotel de Br asília. – Eu gostaria que os pais e as mães das meninas olhassem dir eto nos olhos delas e disses- sem: “Sim, a m ulher pode” – afirmou a futur a pr esidente. Dilma se compr ometeu em v alorizar a democr acia “desde o dir eito de opinião e e xpr essão aos dir eitos essenciais bási - cos”, afirmando que v ai z elar pela “mais ampla e irr estrita li - ber dade”, assim como pela li - ber dade r eligiosa. A pr esiden - te v oltou a afirmar que v ai lutar pela err adicação da miséria e pela criação de oportunidades iguais par a todos os cidadãos. Dilma dedicou boa parte de seu discur so à economia. Lem- br ou que o país não toler a mais a inflação par a compensar “e v entuais desequilíbrios” e disse que o Br asil não pode de- pender tanto dos países desen- v olvidos. Completando que is- so não quer diz er que pr etende “fec har o país ao m undo”.

Lula

Dilma se mostr ou emocionada ao se r eferir ao pr esidente Lula. Com v oz embar gada, a petista afirmou que “a aleg ria da der - r ota se confunde com a emoção da despedida” do go v erno de seu mentor . Ao fundo , militan - tes g rita v am o nome de Lula. Ela afirmou que “um líder n unca está longe de seu po v o”, e que baterá m uito à porta de- le, coma a certeza de que es- tará sempr e a berta. Disse que sucedê-lo é uma tar ef a desa- fiador a, mas que sa berá “con- solidar esse legado”. – Ag r adeço com m uita emo - ção ao Lula. T er a honr a de seu apoio , o pri vilégio de sua con - vi vência, ter apr endido com sua imensa sa bedoria são coisas que se guar da par a a vida toda. Con - vi v er dur ante todos esses anos com ele me deu a e xata dimen - são do go v ernante justo e do lí - der apaixonado por sua gente – disse a pr esidente eleita. P ar a a oposição , um r ecado: Dilma afirmou que estende sua mão e que “não ha v erá dis- criminação , pri vilégios ou compadrios”.

Ser ra

Em seu discur so de despe - dida, o candidato derr otado J osé Serr a (PSDB) afirmou que disputou as eleições com m uito “or gulho”, mas “quis o po v o que não f osse agor a”. Em menção à vitória de Dil - ma Rousseff , o tucano dese - jou que ela “f aça bem par a o nosso país”. – A minha mensagem de despedida não é um adeus, mas um até lo go – finaliz ou o t u c a n o.

Mar cello Casal Jr/ABr)

EMOÇÃO

– Dilma discursa junto a aliados após confir mação da vitória

Economista, nova presidente já militou contra a ditadura e foi filiada ao PDT

F iliada ao PT desde 2001, Dil - ma Rouusseff f oi a r esponsáv el pela equipe de tr ansição dos go - v ernos FHC e Lula na ár ea de infr aestrutur a. F oi ministr a de Minas e Ener gia entr e 2003 e 2005. Em seguida, f oi nomeada par a a Casa Ci vil, após a saída de J osé Dir ceu, acusado de corrup - ção . Entr e outr os car gos, f oi se - cr etária da F az enda da Pr efei - tur a de P orto Aleg r e, entr e 1986 e 1989. Antes de c hegar ao PT , Dilma f oi filiada ao PDT de Leo - nel Briz ola. A economista, filha de P edr o Rousseff – engenheir o e poeta búlgar o – e da pr ofessor a Dilma J ane Silv a, f oi eleita a primeir a m ulher pr esidente do Br asil aos 63 anos, na primeir a eleição em que disputou. Em Belo Horiz on - te, sua cidade natal, iniciou a militância política na Or ganiza - ção Re v olucionária Marxista – P olítica Operária (P olop), aos 16 anos. Mais tar de, passa a f a - z er parte da V anguar da Arma - da Re v olucionária P almar es (V AR-P almar es), mas nega ter participado de ações armadas.