Ou há uma renúncia coletiva ou país pode entrar em processo de desesperança total 

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Diante do depoimento desse "tal de Junior", que dizem ter trazido na garupa de sua possante motocicleta - avaliada em R$ 1 milhão - numa viagem que fez a Las Vegas, o secretário de Saúde que se contaminou com vírus da gripe suína, muitos questionamentos ficam no ar.

Se não bastasse a corrupção, "Junior" ainda trazia a doença para o pobre definitivamente não ter qualquer chance de sobreviver...

Com a delação desse senhor, e a delação do arrependido Marcelo Odebrecht - que destacava num primeiro momento a qualidade de seus filhos por não serem alcaguetes e, agora, faz uma alcaguetagem -, o que resta ao Brasil?

Marcelo Odebrecht imagina que a inteligência do povo é proporcional ao nível de sua seriedade, ou seja, que não existe? Ele afirma que deu recursos a políticos em troca da aprovação da Medida Provisória do Refis (470/2009), que beneficiou sua empresa. Contudo, os recursos só foram usados na campanha de 2014. Uma negociação no mínimo incomum, já que a verba acordada em 2009 só seria efetivada numa eleição em 2014, cinco anos depois, e já com outros personagens em jogo.

Uma mentira que vai cair no STF e corre o risco de destruir o país, que terá de começar do zero. Diante do caos e do descrédito que cercam políticos, e do festival de vazamentos que põem em xeque as investigações que poderiam limpar o país, só restam dois caminhos: ou a renúncia coletiva ou o país entrando num processo de desesperança total.