Eleições nos Estados Unidos entram na reta final

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Na próxima terça-feira (4), os eleitores norte-americanos irão eleger a maioria dos seus representantes políticos. E os democratas, partido do presidente Barack Obama, podem sofrer um duro golpe perdendo a maioria no Senado. O local tem o domínio do partido desde 2006.

O que é dado como certo, é que a Câmara dos Representantes continuará a ter o domínio dos republicanos, o que pode causar ainda mais problemas para Obama, que já vê sua aprovação caindo para mínimos históricos - atualmente, está em 43%. Porém, os democratas ainda têm um fio de esperança. As últimas pesquisas eleitorais (NBC/Marist, ABC/Washington Post e Wall Street Journal/Annenberg), mostram que a corrida para o Senado será disputada voto a voto em alguns estados.

Basicamente, a disputa está acirrada em nove estados, nos quais o Senado já está nas mãos dos democratas. Mas, a batalha é muito mais acirrada do que aparenta ser. Por isso, o pedido dos correligionários de Obama é um só: fazer um esforço enorme para motivar a base, convencê-la a mobilizar-se e fazer com que ela vá às urnas. Do resto, há um precedente em um tempo não tão distante que faz bem saber.

Nas eleições presidenciais de 2012, quando o sonho de Mitt Romney era lutar contra a potente máquina organizada dos democratas e do comitê eleitoral de Obama, milhões de norte-americanos foram às urnas por culpa dos pedidos das últimas semanas de campanha.

O Wall Street Journal, na última pesquisa, mostra como o interesse por essas eleições do meio do mandato está aumentando entre os eleitores de direita, entre eles, o chamado "núcleo duro" que é constituído por brancos, idosos, conservadores e homens. Enquanto a falta de interesse está centrada, basicamente, entre os jovens, mulheres e as minorias (espanhóis, negros e asiáticos). E é justamente nesse grupo que Obama fez maior sucesso nas últimas eleições.

E essas "minorias" são o principal objetivo dos democratas nos últimos dias de campanha eleitoral: uma campanha de aproximação, de porta a porta, exatamente igual a de 2012. E, ainda lembrando este ano, entre os republicanos começam a demonstrar a certa preocupação: aquela de serem superados por um "centímetro" de vantagem.