China pede mais flexibilidade ao Irã e à comunidade internacional
Agência EFE
PEQUIM - A China pediu nesta quinta-feira mais flexibilidade ao Irã e à comunidade internacional com relação à polêmica nuclear iraniana, em meio às visitas a Pequim do enviado nuclear iraniano, Said Yalili, e do subsecretário de Estado dos Estados Unidos, John Negroponte.
"A posição da China é coerente. Desejamos que o assunto seja resolvido pacificamente com as negociações. Esperamos que a comunidade internacional intensifique seus esforços diplomáticos para chegar a uma solução duradoura', disse hoje a porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores chinês, Jiang Yu.
Além disso, a China acredita que o Irã 'é capaz de cumprir as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, pode mostrar flexibilidade e cooperar com a comunidade internacional', disse a respeito da reunião que o enviado iraniano terá hoje com o ministro de Assuntos Exteriores chinês, Yang Jiechi.
Yalili, que amanhã se reunirá com Tang Jiaxuan, principal responsável por Assuntos Exteriores do Conselho de Estado chinês, chegou hoje a Pequim para uma visita de dois dias na qual discutirá o caso nuclear.
Negroponte chegou ontem à China chefiando a delegação americana que participará de uma nova edição do Diálogo Estratégico China-EUA, realizado hoje e amanhã na cidade de Guiyang.
Depois da reunião de ontem com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, o subsecretário de Estado dos EUA, que procura o apoio de Pequim para aplicar novas sanções contra Teerã, garantiu que discutirá a questão iraniana no encontro e defendeu uma nova resolução do Conselho de Segurança da ONU.
Na próxima semana, os 5 membros permanentes do Conselho de Segurança - China, Rússia, EUA, Inglaterra e França - se reunirão na Alemanha para discutir novas sanções contra o Irã, embora Pequim e Moscou tenham se mostrado resistentes ao uso da força.
