Filipinas se preparam para a passagem do tufão 'Mina'

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Agência EFE

MANILA - As autoridades das Filipinas trabalham nesta quinta-feira contra o relógio para retirar os 200 mil residentes do sudeste da ilha de Luzon diante da chegada do tufão 'Mina', que se aproxima a uma velocidade maior do que a inicialmente prevista pelos meteorologistas.

Nas províncias de Albay, Camarines Norte e Sur, Catanduanes, Quezon, Sorsogon e na ilha de Polillo foi declarado alerta máximo antes que o 'Mina' chegue a essa região amanhã, após ter passado de tempestade tropical para tufão e mudado de direção de forma repentina.

Os 12 milhões de habitantes da capital, Manila, também serão afetados por chuvas torrenciais na madrugada da sexta-feira, de acordo com as previsões meteorológicas.

A Agência de Serviços Atmosféricos, Geofísicos e Astronômicos das Filipinas (Pagasa) disse que o 'Mina' pode voltar a mudar de direção e seguir para o norte, apesar de outros especialistas considerarem isso improvável.

O tufão, que está a menos de 500 quilômetros ao leste da província de Catanduanes, ganha cada vez mais força e avança a 15 km/h para a região de Bicol, a qual deve atingir amanhã, segundo a última previsão de serviço de meteorologia.

Às 10h (0h de Brasília), os ventos do 'Mina' eram sustentados e de 120 km/h e as seqüências alcançavam até 150 km/h, segundo a fonte.

Não está descartada a possibilidade de que nas próximas 24 horas ele se transforme em um 'supertufão', com ventos superiores a 220 km/h.

As autoridades esperam poder concluir a tempo a retirada das pessoas em povoados propensos a enchentes e deslizamentos de terras, que a cada ano, durante a temporada de chuvas, deixam dezenas de mortos nas Filipinas.

O Conselho Nacional de Coordenação de Desastre das Filipinas (NDCC), que não tem certeza se poderá completar a tempo a retirada dos cidadãos, pediu que a população estoque mantimentos suficientes e redobre a precaução perante a chegada do 'Mina'.

Bicol já foi arrasada no fim de 2006 pelo tufão 'Durian', que causou danos materiais avaliados em quase US$ 1 milhão e recebeu ajuda de vários Governos estrangeiros.

A presidente filipina, Gloria Macapagal Arroyo, ordenou na quarta-feira a retirada de 200 mil habitantes de Bicol, 400 quilômetros a sudeste de Manila.

Na noite de quarta-feira, diante da situação de emergência no sul de Luzon, Macapagal Arroyo decidiu antecipar seu retorno de Cingapura às Filipinas, quando participava da cúpula de líderes da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), para supervisionar pessoalmente as tarefas de ajuda aos atingidos.

Há uma semana, a tempestade tropical 'Lando' deixou 10 mortos e muitos desaparecidos com as inundações em sua passagem pelo norte de Mindanao e a região central das Visayas.

"Lando' perdeu força e se dirige no momento pelo oeste para a ilha de Palawan, aonde deverá chegar transformado em uma tempestade de baixa pressão.

No final de 2006, quatro tempestades de violência incomum alagaram vastas regiões da ilha de Luzon e foram acompanhadas por enchentes que deixaram mais de 1.300 mortos, quase 3 milhões de desabrigados e 500 mil casas destruídas.