China pede à UE informação sobre brinquedos chineses perigosos
Agência EFE
CHINA - A China pediu à União Européia (UE) mais informação sobre os brinquedos perigosos detectados nos mercados europeus, a fim de encontrar os responsáveis por eles e fazer cumprir a lei, informa nesta quinta o jornal estatal "China Daily".
Wang Xin, diretor da Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena, pediu a informação à comissária européia de Consumo, Meglena Kuneva. Ela visitou uma fábrica de brinquedos em Yangzhou, na província de Jiangsu, no leste do país.
O dirigente chinês atribuiu os problemas de qualidade à grande quantidade de mercadorias exportadas. O Governo, acrescentou, está disposto a fazer o que puder para garantir a segurança dos brinquedos.
Wang também declarou que China faz o possível para que "cada peça exportada cumpra as normas dos países importadores", com medidas como testes em cada brinquedo antes de começar sua produção e inspeções aleatórias nas fábricas.
Um relatório da UE mostrou que no ano passado, pela primeira vez, os brinquedos superaram os aparelhos elétricos em seu Sistema de Alarme Rápido (Rapex), criado para atender a queixas dos consumidores.
Segundo Kuneva, quase 50% dos produtos perigosos identificados na UE pelo Rapex em 2006 tinham origem chinesa, num total de 450 dos cerca de mil.
Os brinquedos receberam 221 notificações no ano passado, 24% do total. Houve casos de sufocação com partes pequenas, ferimentos causados por bordas cortantes e substâncias químicas prejudiciais.
Segundo a Associação de Brinquedos da China, as exportações superaram ? 12,984 bilhões no ano passado (US$ 17,8 bilhões). Os maiores importadores foram Estados Unidos e UE.
As exportações chinesas à UE chegaram a ? 3,355 bilhões (US$ 4,6 bilhões). Mais da metade dos brinquedos vendidos na UE foram de origem chinesa.
