Presidente ucraniano diz que já existem provas contra quem o envenenou
EFE
KIEV - O presidente ucraniano, Viktor Yushchenko, afirmou nesta quinta-feira que já existem suficientes provas para deter quem lhe envenenou com dioxina durante a campanha das eleições presidenciais de novembro de 2004.
- Existe suficiente informação para ir com as algemas e capturar aqueles que se encontram na Ucrânia - disse Yushchenko em entrevista coletiva.
O líder da Revolução Laranja, em cujo rosto ainda são visíveis as seqüelas do envenenamento com a substância cancerígena, afirmou que "já se conheceram os últimos fatos sobre quem serviu a mesa e daí pratos', e de onde veio a idéia 'de jogar veneno na comida'.
A promotoria ucraniana estabeleceu em setembro que Yushchenko foi envenenado com dioxina produzida em um laboratório da Rússia, dos Estados Unidos ou do Reino Unido, e apontou como data provável 5 de setembro de 2004.
Naquela noite, Yushchenko jantou com altos cargos do SBU, os serviços secretos ucranianos, herdeiros do KGB soviético.
Yushchenko, no poder desde janeiro de 2005, acrescentou que agora é o momento de 'aplicar a lei', embora tenha se perguntado se 'os membros da Promotoria serão suficientemente valentes para fazê-lo'.
O presidente ucraniano já mostrou no passado seu 'mal-estar' com o andamento da investigação. O promotor anterior, Sviatoslav Piskun, pôs em dúvida seu envenenamento, o que lhe custou o posto, e foi substituído por Alexander Medvedko, atual encarregado do caso.
Em novembro de 2005, Yushchenko se submeteu a uma análise de sangue para apagar toda sombra de dúvida sobre seu envenenamento.
Segundo as amostras extraídas pelos médicos, os níveis de dioxina no sangue do presidente são mil vezes superiores ao índice normal.
Yushchenko afirmou em várias ocasiões que seu estado de saúde é bom, embora seu corpo ainda retenha cerca do 50% das dioxinas ingeridas.
