Empregados de dois hospitais londrinos farão testes radiológicos

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EFE

LONDRES - A Agência de Proteção da Saúde (HPA) do Reino Unido informou nesta quarta-feira que 49 funcionários dos dois hospitais nos quais o ex-espião russo Alexander Litvinenko, morto no dia 23, esteve internado serão submetidos a testes radiológicos.

Dos 160 trabalhadores dos hospitais Barnet General Hospital e University College Hospital, de Londres, que foram examinados, 49 terão que se submeter a análises de urina como medida de precaução, afirmou a HPA em comunicado.

Além disso, a agência informou que 'nenhum dos funcionários foi enviado a uma clínica especial'. Até agora, oito pessoas foram enviadas a uma clínica especial para serem submetidas a testes de contaminação radioativa.

A HPA informou que não há risco de contágio para os vizinhos aos dois hospitais onde Litvinenko esteve internado.

- Todas as áreas dos dois hospitais foram analisadas por contaminação e a HPA está satisfeita porque não há contaminação que possa significar um risco para a saúde pública, ressaltou.

A autópsia no corpo do ex-agente russo Alexander Litvinenko será feita na sexta-feira, sob rígidas medidas de precaução, segundo o conselho municipal do bairro de Camden, no norte de Londres.

A Scotland Yard está investigando a morte de Litvinenko, fazendo operações em vários lugares de Londres, entre eles sua casa, onde foi detectada radiação por polônio 210.

Os locais analisados chegam a sete, depois que a Polícia ampliou sua investigação a um hotel de luxo de Londres e um escritório do centro da cidade.

Os outros cinco lugares são a casa de Litvinenko, um restaurante japonês, o Hotel Millenium, o escritório de uma empresa de segurança e o escritório do magnata russo Boris Berezovsky.

Litvinenko se reuniu em 1º de novembro, o dia em que adoeceu, com dois compatriotas, um dos quais trabalhou como agente do KGB (antigo serviço de espionagem soviético).

No mesmo dia, o ex-espião se reuniu em um restaurante japonês com o professor Mario Scaramella, que também será submetido a exames radiológicos.

Aparentemente, Scaramella forneceu ao ex-agente nomes das pessoas que poderiam estar envolvidas no assassinato da jornalista russa Anna Politkovskaya, também crítica ao Kremlin, crime que era investigado por Litvinenko.

O ex-agente secreto, que morreu no University College Hospital após uma rápida deterioração de sua saúde, acusou Putin de estar envolvido na sua morte