Papa inicia viagem ao Marrocos visando diálogo com migrantes

Francisco ficará 2 dias no país e visitará Rabat e Casablanca

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Visando dialogar sobre o Islã e a migração, o papa Francisco visitará neste final de semana o Marrocos, país de maioria islâmica que está localizado no norte da África.

A viagem servirá para o Pontífice argentino criar uma boa relação de amizade com a comunidade islâmica, visto que o Marrocos possui cerca de 30 mil católicos. O Papa passará pelas cidades de Rabat e Casablanca.

Durante a viagem está previsto que Jorge Bergoglio se encontre com o rei do Marrocos, Mohamed VI, bem como os principais líderes religiosos do país.

Em uma mensagem de vídeo ao povo marroquino, o Papa declarou que visitará o país como um "peregrino da paz e da fraternidade". O líder da Igreja Católica ainda confirmou que se encontrará com migrantes que vivem em condições precárias no país.

De acordo com a Associação Marroquina dos Direitos Humanos, cinco migrantes morreram no ano passado nos acampamentos de Nador, na região nordeste, por conta de "doenças e condições de higiene terríveis".

O Marrocos possui um intenso fluxo migratório devido à proximidade com a Espanha e às fronteiras terrestres com os enclaves de Ceuta e Melilla. De acordo com as autoridades do país, "89 mil tentativas de imigração irregular" para a Europa foram interceptadas.

A maioria dos migrantes que vive nestes acampamentos é de países da África Subsaariana, como Mali, Etiópia, Senegal e Burkina Faso. Muitos deles vão ao Marrocos com esperança de chegar à Europa.

Francisco realizará uma missa no domingo (31), em um complexo esportivo, e a expectativa é que milhares de pessoas assistam a cerimônia. Essa será a terceira viagem do líder argentino à África e a nona a um país de maioria islâmica.