Separatista catalão Puigdemont cria governo paralelo na Bélgica

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O governo catalão do separatista Quim Torra apresentou nesta terça-feira (30) o Conselho da República, uma espécie de governo paralelo dirigido na Bélgica por seu antecessor, Carles Puigdemont, que tenta manter sua influência um ano depois de se exilar.

O organismo será privado, sem financiamento público nem status oficial, mas deve se coordenar com o governo regional com a missão de avançar para a independência e ampliar os apoios internacionais para sua causa.

"Ao Conselho cabe fazer a República de maneira descomplicada, de maneira mais livre e de maneira mais segura, ao amparo dos abusos do Estado espanhol", afirmou Puigdemont por videoconferência, explicando que o governo de Torra se vê limitado pela Justiça espanhola.

Em sua apresentação, celebrada na sede do governo catalão em Barcelona, não detalharam a composição nem o funcionamento deste organismo, mas explicaram que querem complementá-lo com uma assembleia de deputados paralela.

"É uma instituição 'fake' (...), fogos de artifício para fazer ver que estão criando uma república", criticou Carlos Carrizosa, porta-voz do Cidadãos, o principal partido da oposição na Catalunha.

A república declarada em 27 de outubro de 2017 pelo Parlamento regional não foi reconhecida por nenhum país e foi frustrada pelo governo espanhol, que destituiu Puigdemont e suspendeu a autonomia regional.

No sábado, no aniversário da proclamação, Puigdemont e Torra lançaram um novo partido, La Crida (El Llamado), com o objetivo de aglutinar as diferentes sensibilidades separatistas e reempreender o caminho para a secessão, sem descartar o unilateralismo.

 

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