Balanço semanal - Aumentam déficits hídricos em regiões cafeeiras de MG

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Nesta semana, a Fundação Procafé emitiu seus boletins mensais sobre importantes regiões produtoras de Minas Gerais. Segundo a instituição, as lavouras do Sul, do Alto Paranaíba e do Triângulo Mineiro estão iniciando um novo ciclo fitossanitário da cultura, entre setembro de 2014 e agosto de 2015. Nesta condição, não se pôde observar, em setembro, o efeito climático do intervalo anterior, já que, em função do elevado déficit hídrico, os cafezais se apresentam com baixo enfolhamento e “murchamento”, prevendo-se significativas perdas para a safra nesse período que começa.

— Sul de MG: na principal região produtora de café do Brasil, as chuvas continuaram abaixo da média histórica no mês passado. Assim, as cidades de Varginha, Carmo de Minas e Boa Esperança aumentaram o déficit hídrico, alcançando 198 mm, 185 mm e 273 mm, respectivamente, o que conduz a uma projeção de perdas na colheita 2015. Esse cenário foi gerado pela escassez de chuvas e pela continuidade das temperaturas acima das médias históricas em setembro (gráfico abaixo).

Diante desse contexto e caso as precipitações não retornem normalmente, a Fundação Procafé alerta aos produtores irrigantes que façam a irrigação para deixar a evapotranspiração acumulada do mês próxima a seus índices normais, de 75,0 mm.

— Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro: as chuvas ficaram muito abaixo da média nessas regiões em setembro, sendo intensificados ainda mais os déficits hídricos, que passaram para 127 mm, 146 mm e 162 mm em Araxá, Patrocínio e Araguari, respectivamente.

Com a continuidade da falta de precipitações, a Procafé aponta como imprescindível que os cafeicultores irrigantes, tanto os que adotam o estresse, quanto os que não adotam, iniciem o processo irrigatório nos cafezais, de forma que sejam alcançados níveis normais nas lavouras para garantir a florada e o posterior pegamento. A instituição de pesquisa alerta que o déficit hídrico continua elevado, já ultrapassando o limite de 150 mm em Araguari e ficando próximo deste valor crítico em Araxá e Patrocínio (gráfico abaixo).