Lulu Santos explica comentário sobre "fase anal" da MPB: "Nada a ver com Anitta"

O cantor foi criticado após expôr sua opinião na internet e esclareceu: "Respeito e gosto"

Por Karina Kuperman

No dia em que o clipe "Vai malandra", de Anitta, foi divulgado, Lulu Santos usou seu perfil na web para fazer uma observação sobre a música brasileira. "Caramba! É tanta bunda, polpa, bumbum granada e tabaca que a impressão que dá é que a MPB regregiu para a fase anal. Eu, hein?", escreveu. Foi o suficiente para que fãs da poderosa interpretassem como uma alfinetada. Em instantes, dezenas de seguidores opinaram sobre a postagem e levaram o nome de Lulu aos assuntos mais comentados do dia. 

Pela internet, o cantor chegou a discutir com um fã, que disse: "A MPB não regrediu amore, só tá mostrando a realidade de uma classe que sempre foi excluída. Isso sempre existiu, mas no passado os holofotes estavam em cantores classe média que cresceram dentro do apartamento e escreviam músicas dentro do condomínio. Deixa a favela ter voz".  Lulu, então, rebateu e deixou claro que não estava se referindo à Anitta. “Se você vê ódio numa opinião, você está paranoico. Não me refiro exclusivamente ao funk muito menos a Anitta, que admiro. Também não falo da dança mas das letras sexistas, derrogatória e babonas”.

Em outro momento, o cantor fez questão de lembrar que, em sua carreira, chegou a fazer parceria com funkeiros: "Levei o Mr Catra pro Rock in Rio, toquei três anos com SanyPitbull, gravei Marcinho e com Buchecha (que aliás RT neste post). Agora senta".

Mesmo com os argumentos, os internautas criticaram a postura do cantor de soltar a crítica no dia em que Anitta divulgou o clipe da nova canção - que, aliás, já alcançou o posto de primeiro hit nacional a atingir mais de um milhão de acessos no Spotify no dia de estreia. Vale destacar que Anitta também se tornou a primeira artista brasileira a emplacar duas músicas no TOP 50 da principal plataforma de streaming no mundo.

Diante de tantos comentários, Lulu tentou desfazer o mal-entendido. “Que fique bastante claro que minha opinião sobre as letras escatológicas, pessoal, intransferível e soberana, nada tem a ver com Anitta de quem gosto e a quem respeito, muito menos com as periferias onde se continua fazendo excelente arte e vida. Respeito! Grato”, escreveu.