MMA: o que explica o imenso fascínio pelo esporte de Anderson Silva e UFC?

Nesta noite, vai ser realizada a terceira edição do UFC Rio; comoção em torno do evento é grande

Por Com Pedro Willmersdorf

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“O Brasil é o país do futebol”. Será? Essa máxima tem perdido um pouco da força nos últimos tempos, em que o MMA (Mixed Martial Arts), prática esportiva criada há quase vinte anos, tem se transformado na paixão dos brasileiros. Como prova da ascensão do esporte por aqui, neste sábado (13), será realizada a terceira edição do UFC (Ultimate Fighting Championship) Rio, evento que transforma a cidade na capital do esporte no país, se equiparando apenas à Las Vegas em todo o planeta.

As razões pelas quais os brasileiros têm nutrido um sentimento passional por MMA e UFC, organização que comanda o maior campeonato do esporte, não são obscuras. Muito pelo contrário. Desde 2002, quando a seleção brasileira de futebol foi pentacampeã do mundo, a qualidade e desempenho na modalidade pela qual sempre fomos apaixonados vai de mau a pior, deixando o nosso espírito de torcedores carente daquela emoção gostosa que as vitórias proporcionam.

Nesse contexto, o MMA que, assim como o UFC, foi criado pela família Gracie, tradicionalmente conhecida pela difusão das artes marciais no Brasil, fisgou o coração dos brasileiros, orgulhosos por serem representados por Anderson Silva, o Spider, maior campeão do esporte no mundo, que hoje luta com o norte-americano Stephan Bonnar, em duelo que será transmitido pelo pay-per-view do canal Combate e pela Rede Globo, a partir das 0h40. Modalidade criada por brazucas, da qual um nativo da nossa terra é o melhor: precisava de mais algum atributo para conquistar a nação?

Para completar, o UFC atrai pessoas por outra característica: é um show, também projetado com o objetivo de levar entretenimento às pessoas. Um dos programas mais comuns ultimamente é juntar um grupo de amigos e ir para qualquer bar da cidade em que o glamuroso campeonato vá ser exibido. Já virou costume assistir às lutas, vibrar e torcer por Anderson Silva e pelos outros brasileiros que nos enchem de orgulho, dentre os quais estão Vitor Belfort, Júnior Cigano, José Aldo, Maurício Shogun, Lyoto Machida, Wanderlei Silva, Renan Barão e Minotauro. E, no final, o melhor de tudo é não ficar com o grito de "É campeão" engasgado na garganta. 

 

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