Em 2 meses, campanha por Laís Souza arrecada apenas 5% do pedido

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Lançada em rede nacional de televisão e divulgada por centenas de personalidades e esportistas brasileiros, a campanha de crowdfundind que visa ajudar a ginasta Laís Souza ainda está longe de bater a meta. Com lesão na coluna após acidente em treinamento de esqui aerials nos Estados Unidos, ela segue em tratamento e precisa da verba para ajudar a se autofinanciar no período pós-trauma, mas por enquanto tem 5% do valor.

Dois meses depois do lançamento da campanha, o site Mottirô, que arrecada as doações feitas por cartão de crédito, registra apenas R$ 5.390,00, sendo 5% dos R$ 100 mil pedidos pela família. No entanto, ainda há tempo para alcançar o necessário: a campanha tem mais 232 dias de duração – pouco mais de sete meses.

O site não leva em conta os valores doados com depósito em conta corrente – na página da campanha no Facebook, há os dados necessários para enviar o dinheiro diretamente à família da ginasta. Laís Souza já recebeu R$ 75 mil de um doador que pediu anonimato, dinheiro usado para comprar uma cadeira de rodas elétrica e um tablet que auxilie a comunicação.

Laís Souza sofreu acidente em 28 de fevereiro, enquanto treinava para os Jogos Olímpicos de Inverno, que foram realizados em Sochi, na Rússia, em fevereiro. Com lesão na coluna, correu risco de morte e agora mantém a recuperação: consegue falar, comer sem ajuda de aparelhos, sentiu dor nos membros superiores, sensibilidade nas mãos e percepção em outras partes do corpo – sente, por exemplo, quando a bexiga está cheia.

A campanha para ajudar a atleta foi inicialmente criticada nas redes sociais por envolver o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) como organizador. A entidade esclareceu que paga pelo tratamento com o dinheiro de uma apólice de seguro, enquanto que a Confederação Brasileira de Desportos de Neve (CBDN) também tem outra apólice para ajudar a cobrir os custos. O dinheiro será usado pela família para ajudar na adaptação da atleta a essa nova realidade.