Rali Dakar: Brasileiro usará combustível renovável e menos poluente
Julio Calmon, Jornal do Brasil
DA REDAÇÃO - Entre os brasileiros, há um que leva para o Dakar um objetivo diferente. Na sua 22ª participação, Klever Kolberg (o que mais vezes competiu pelo Brasil) retorna para promover o desenvolvimento sustentável. O piloto da equipe Valtra Dakar Eco Team, que terá como navegador o engenheiro Giovanni Godoi, será pioneiro ao participar a bordo de um Mitsubishi Pajero Sports movido a etanol, combustível renovável e menos poluente que a gasolina e o diesel.
- O objetivo é provocar as pessoas para que elas comecem a pensar o mais rapidamente possível no que elas estão fazendo. Ninguém precisa deixar de viajar para ser sustentável, mas se pode fazer com uma energia limpa - disse Klever. Não tenho nenhuma chance de vencer. O importante é terminar a prova. Mas o rali está em mim. Às vezes, me pego pensando no que poderia fazer melhor. É duro para um piloto admitir que não pode competir para vencer.
Klever quase teve seu projeto adiado porque a organização da competição demorou a mudar o regulamento para permitir carros a etanol. Ele montou sozinho a logística da equipe. Do Brasil, mandou o combustível para o Chile e a Argentina. Outro desafio foi preparar o carro.
É o mesmo que se compra na loja. Em vez de partir de um protótipo, que até seria mais barato, a gente quis partir para este lado. Isso gerou um custo maior, pois o carro precisa de peças especiais. O etanol requer alguns itens nunca utilizados antes neste tipo de competição diz o piloto.
