O fantasma que assombra times nacionais foi superado no resto do mundo

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Felipe Murta e Emerson Rocha, JB Online

RIO DE JANEIRO - A situação terminal de Fluminense e Vasco neste Campeonato Brasileiro está tirando a paz de boa parte de seus torcedores. Passadas 28 rodadas, os dois grande cariocas figuram entre as duas últimas posições na tabela e lutam para evitar o que seria o maior vexame do futebol no Estado do Rio. Ambos representam nada menos do que 5 títulos nacionais e já estão praticamente garantidos na segundona.

O próprio Fluminense já viveu este momento na segunda metade dos anos 90. Este motivo leva o torcedor tricolor, a cada rodada que passa, sofrer mais com a proximidade de um novo rebaixamento. É como se cada rodada houvesse um Déjà vu angustiante de algo realmente nocivo que estaria por acontecer.

Em 1996, o tricolor carioca foi rebaixado pela primeira vez para a segunda divisão. Graças a uma manobra nos bastidores, o Fluminense foi reconduzido à Série A. Como a lição não foi aprendida, o clube sofreu sua segunda queda seguida em 1997. Desta vez não houve virada de mesa.

Um ano depois, o momento mais humilhante da história tricolor. O time acabou rebaixado para a terceira divisão, só conseguindo voltar à elite no ano 2000, quando disputou a Taça João Havelange. O torneio, que substituiu o Brasileirão naquele ano, juntava as séries A, B e C nos confrontos das oitavas-de-final. Desde então, o Flu se mantém na Série A.

No caso do Vasco, é novidade a luta desesperada contra o decesso. O Vasco da Gama é um dos sete clubes 'invictos' em matéria de rebaixamento, mas vem flertando diretamente com a Zona dos últimos colocados, o que pode resultar em nova baixa no seleto grupo de times que nunca caíram para a Série B do Campeonato Brasileiro. Além do Vasco, Flamengo Cruzeiro, Inter, Santos e São Paulo também nunca caíram de divisão.

Nem mesmo a chegada do ídolo Roberto Dinamite à presidência do clube parece suficiente para trazer o cruzmaltino às primeiras posições da tabela. Na verdade, desde que o ex-presidente Eurico Miranda deixou o comando do Vasco, nem mesmo os jogos em São Januário vem sendo um diferencial a favor do time da colina.

Porém, a cena de ex-campeões nacionais figurando entre os últimos colocados já não surpreende mais o torcedor brasileiro. Isto porque Palmeiras, Botafogo, Atlético-MG, Corinthians e Grêmio são outros grandes que também já atuaram na Segunda divisão. O Tricolor gaúcho Grêmio, alias, superou dois rebaixamentos.

A primeira queda foi em 1991, quando o clube caiu e voltou à elite do futebol brasileiro somente em 1993, graças a uma manobra da CBF que trouxe da segundona 12 times, inflando a Série A daquele ano.

O Grêmio voltaria a cair em 2004. Desta vez, não dependeria de ninguém para subir à primeira divisão. Em 2006, o Tricolor seria finalista da Libertadores e terminaria o Brasileirão na 6ª posição.

Porém, engana-se quem acha que apenas os torcedores sofrem com esta crítica situação. O fantasma do rebaixamento é um martírio também para diretoria, jogadores e envolvidos. É a pior crise que profissionais e adoradores de um grande time no Brasil pode passar. É a mancha eterna que suja o currículo, o motivo maior de gozação entre os adversários.

Mas o rebaixamento é motivo suficiente para comprometer, desonrar, ser a tal mancha eterna na história de um grande clube de futebol? Cair de divisão é mesmo de todo ruim? Não há nada de bom que se pode tirar dessa experiência?

Se o parâmetro para esta pergunta forem os principais times europeus, o rebaixamento passa a ser um processo natural na história de qualquer grande clube. Raras são as exceções de times que nunca chegaram a figurar na Divisão intermediária dos seus respectivos campeonatos nacionais.

Confira como os grandes clubes foram rebaixados nos principais campeonatos do mundo:

Itália:

Na Itália, a grande maioria dos times que disputam a Série A, Primeira Divisão Italiana, já foram rebaixadas. Tanto o mais popular(Juventus) quanto o mais poderoso(Milan) clube do futebol italiano também já sentiram o desprazer de cair de divisão. Entre os grande da 'velha bota', apenas a Internazionale de Milão nunca flertou com o decesso.

No caso dos rebaixamentos de Juventus e o Milan, o que os levaram à Série B não foi a falta de qualidade em campo e sim escândalos fora de campo.

Juventus:

A Juve foi a principal equipe envolvida no mais recente escândalos do futebol italiano, em 2006, meses antes da Itália conquistar o tetra mundial. Foi rebaixado mas acabou voltando na temporada seguinte, conseguindo manter algumas de suas estrelas, apesar da queda. Além do goleiro Gianluiggi Buffon, Alessandro Del Piero, Pavel Nedved, Mauro Camaronesi e David Trezeguet acompanharam a Juve no decesso.

O escândalo veio à tona quando procuradores de Justiça Italiana revelaram o conteúdo de gravações telefônicas ligando o nome um dos principais dirigente da Juve a um complexo esquema de corrupção na indicação de árbitros na Séria A.

Diante da punição a 'Vecchia Signora' se viu obrigada a negociar vários jogadores do seu plantel. Emerson e Cannavaro transferiram-se para o Real Madrid. Zambrotta e Thuram foram para o Barcelona. Vieira e Ibrahimovic reforçaram a Inter de Milão.

Quando saiu a sentença, a Juventus teve confirmada a perda dos dois últimos títulos nacionais (Scudettos), conquistados nas temporadas 2004-05 e 2005-06 e ainda foi rebaixado à Segunda Divisão Italiana.

As punições: Além da Juventus, outros clubes estiveram envolvidos no escândalo das arbitragens. O Milan quase perdeu a condição de representante italiano na Liga dos Campeões. Isto porque foram tirados 30 pontos do rubro-negro de Milão na temporada 05-06. Ainda assim, terminou a competição em 3º colocado, o que lhe garantia uma vaga na próxima Champions. A Fiorentina e a Lazio escapam do rebaixamento. Com a decisão desta terça, o Milan perde 30 pontos na temporada passada e cai para a terceira posição, atrás de Internazionale e Roma.

JUVENTUS: Teve retirados seus dois últimos scudettos. Foi rebaixado à Série B, onde largou com uma desvantagem de -17 pontos perante seus oponentes.

MILAN: mantém-se na Série A, recuperou a vaga na Liga dos Campeões e começou a temporada seguinte do Campeonato Italiano com desvantagem de -8 pontos em relação aos adversários.

FIORENTINA: permaneceu na Série A, mas começa a temporada 06-07 com desvantagem de -19 pontos.

LAZIO: seguiu na Série A, mas começa a temporada com desvantagem de -11 pontos.

Milan:

O escândalo que atingiu o Milan surgiu de maneira bem discreta. Em janeiro de 1980, uma reportagem publicada em um antigo jornal de esquerda, "Paese Sera", denunciava a existência de uma rede de apostas clandestinas no Futebol Italiano.

Uma espécie de loteria esportiva paralela comandada por três pessoas ligadas ao Cálcio e que, na temporada 1978-79, vencida pelo rubro-negro milanês, havia obtido grandes lucros.

O caso ficou conhecido como: Totonero (jogo sujo / nome como ficou conhecida essa loteria , uma junção de Totocalcio nome da loteria esportiva oficial italiana com nero , negro com sentido de clandestino)

As investigações em conjunto entre a Justiça italiana e a Federcalcio (Federação Italiana de Futebol) rapidamente deram resultado. A Justiça determinou a prisão de 36 jogadores, um diretor e quatro presidentes de clubes (Bologna, Juventus, Milan e Lazio).

Entre os jogadores, apareciam nomes importantes como o do goleiro Albertosi (vice-campeão mundial em 1970), o defensor Manfredonia e os atacantes Giordano e Paolo Rossi (carrasco de 82).

Se a condenação já impressiona, a forma com que a ordem judicial foi cumprida teve ares cinematográficos. Em 23 de março de 1980, logo após a rodada do Campeonato Italiano, a polícia entrou os estádios em Avellino, Gênova, Milão, Palermo, Pescara e Roma com alguns mandatos de prisão.

Os jogadores Manfedonia, Cacciatori, Wilson e Giordano (Lazio), Magherini (Palermo), Girardi (Genoa), Merlo (Lecce), Della Martina e Zecchini (Perugia) e Pellegrini (Avellino), Albertosi e Morini além do presidente Felice Colombo (Milan) acabaram detidos e encaminhados para uma penitenciária de Roma.

Milan (terceiro colocado no campeonato de 1979-80) e Lazio foram rebaixados para a Série B, enquanto que Avellino, Bologna e Perugia iniciaram a Série A seguinte com cinco pontos negativos.

A volta e nova queda:

Na temporada seguinte, o Milan liderou de ponta a ponta a Segundona e voltou rapidamente à elite. Porém, a crise institucional deixaria marcas profundas e, com dificuldade de se reerguer, os rossoneri foram novamente rebaixados. Dessa vez, em campo.

O clube só conseguiria voltar à Serie A em 1984, mas com um elenco em pedaços. O escândalo das apostas e as duas temporadas longe da briga pelo Scudetto comprometeram as finanças do Milan.

Em 1985, o novo presidente Giuseppe Farina tentou reconstruir o clube, mas logo envolveu-se em complicações legais e fugiu do país, desmoralizando ainda mais o torcedor rossonero.

A sorte do Milan só mudaria em 1986 quando um emergente empresário da construção civil, Silvio Berlusconi, passaria a assumir a direção do clube. Além de injetar bastante dinheiro, Berlusconi implantou uma nova filosofia ao Milan.

Com o objetivo de formar novamente uma grande equipe, trouxe o treinador Arrigo Sacchi e grandes estrelas do futebol europeu, como os holandeses Ruud Gullit e Marco van Basten, que se juntaram a leva de jogadores talentosos revelados pelo próprio clube. Caso do o líbero Franco Baresi, e o meia Roberto Donadoni o lateral-esquerdo Paolo Maldini.

FRANÇA:

Em 1993, o Olympique de Marselha se tornaria o único clube francês a conquistar o título da Champions League. O fato curioso fica por conta de que o Olympique, enquanto vivia seu melhor momento dentro de campo, não conseguia repetir a mesma competência fora dos gramados.

Envolvido em escândalos de manipulação de resultados, a equipe de Marselha acabou sendo rebaixada para a Ligue 2 (Segunda Divisão Francesa) justamente no ano mais vitorioso de sua história. Além disso, por pouco não viu escapar seu único título da Champions.

Tudo começou no dia 22 de maio de 1993, quando estourava na mídia francesa um escândalo de manipulação de resultados no Campeonato Francês, que ficou conhecida como Affair VA-OM (caso entre Valenciennes-Anzin e Olympique Marseille, clubes da Primeira Divisão Francesa em 1993).

O caso:

O defensor do Valenciennes, Jacques Glassmann, confirmou ao seu treinador ter sido procurado por um dos altos dirigente do Olympique para uma conversa. O motivo seria propor um acerto de resultado, para que o Olympique pudesse usar seu time reserva no confronte entre as duas equipes e poupar seus titulares para a final da Liga dos Campeões, que aconteceria 4 dias depois em Munique.

O processo foi longo, o que não impediu que o calendário do Olympique, em final de temporada, fosse cumprido. O clube venceu o Valenciennes por 1 x 0 pela Ligue 1 (Primeira Divisão Francesa)e seguiu firme na caminhada rumo ao pentacampeonato francês.

Na Liga dos Campeões, o Marselha dava fim a série de dez vitórias consecutivas do Milan, vencendo os italianos na final por 1 x 0, gol do zagueiro Basile Boli no último minuto do primeiro tempo.

O desfecho:

Apenas em setembro saíram as primeiras punições. Dois jogadores do Olympique, o argentino Jorge Burruchaga, campeão mundial em 1986 e Christoph Robert foram suspensos do futebol por um ano e meio.

Desportivamente, o Olympique teve o título francês de 1992-93 caçado além de ser rebaixado para a Ligue 2 na temporada seguinte. Administrativamente, o time teve suas finanças investigadas, onde foram encontradas inúmeras irregularidades. Sofreu sanções que atacaram diretamente seus cofres, o que comprometeu a manutenção da equipe vencedora para a temporada seguinte.

Como consolo, as decisões da justiça não renderam ao Olympique a perda do seu único título europeu. A equipe francesa manteve o posto de campeão da Liga dos Campeões 92-93, já que o escândalo havia comprometido outro campeonato.

Ainda assim, a Uefa decidiu tirar do Marselha os direitos de campeão europeu. Sobrou para o Milan a chance de representar o campeão da Champions League na Supercopa Européia (contra o Parma) e no Mundial Interclubes (contra o São Paulo).

Ficha da final da Liga dos Campeões da Europa 1992-93:

Olympique Marseille 1 x 0 Milan

Data: 26 de maio de 1993

Local: Estádio Olímpico de Munique

Público: 64.400 pagantes

Árbitro: Kurt Röthlisberger (Suíça)

Olympique Marseille: Barthez; Angloma (Durand), Di Meco, Boli e Sauzée; Desailly, Deschamps e Eydelie; Boksic, Völler (Thomas) e Abedi Pele. T: Raymond Goethals

Milan: Rossi; Tassotti, Costacurta, Baresi e Maldini; Albertini, Rijkaard, Donadoni (Papin) e Lentini; Van Basten (Eranio) e Massaro. T: Fabio Capello

Gol: Boli (44/1º)

INGLATERRA:

Na Inglaterra, a surpresa fica por conta dos poderosos Manchester United e Liverpool.

Considerado um dos clubes mais ricos do planeta e conhecido por priorizar o planejamento, o Manchester United tem na sua história dois rebaixamentos para a Segunda Divisão Inglesa, conhecida por Football League.

O primeiro decesso ocorreu durante a paralisação do futebol profissional da Inglaterra devido à Primeira Guerra Mundial (1914-1919). Neste período, a equipe do Manchester passou por maus momentos administrativos, o que resultou no seu rebaixamento na temporada de 1921/22. Os 'Red Devils' só voltariam a disputar a Premier League (divisão principal) em 1924/25.

Em 1974, novo decesso. Com um time tecnicamente muito fraco e longe de honrar o vermelho do seu uniforme, o principal time de Manchester voltou a cair. Mas desta vez, os Uniteds recuperaram-se rapidamente e subiram logo no ano seguinte para nunca mais deixar de participar de uma edição da Premier League.

O Liverpool, pentacampeão europeu, também figurou por algumas vezes na Football League (Segunda Divisão inglesa). Isto ocorreu bem no princípio da sua história. O Liverpool foi rebaixado nos seguintes anos: 1892, 1895, 1904, 1942 e 1954.

No período entre o final dos anos 40 até a metade dos anos 50, os 'Reds' voltaram a viver seus dias de vitória conquistando o Campeonato Inglês em 1946/47. Mas as glorias durariam pouco e, já na temporada de 1953/54, o time voltou a ser rebaixado, onde permaneceu pelos sete próximos anos.

Em 1959, o Liverpool contratou Bill Shankly para o cargo de técnico na esperança de voltar para a primeira divisão. Bill mudou completamente a cara do time, dispensando 24 jogadores. Em sua terceira temporada à frente do Liverpool, os 'Reds' foram campeões da Segunda Divisão inglesa, retornando para a divisão de elite (FA Premier League), de onde nunca mais saíram.

ARGENTINA:

Na Argentina, os três principais clubes: Boca Juniors, River Plate e Independiente jamais caíram para a segundona argentina. Isto porém, se deve ao fato de nossos hermanos adotarem um regulamento que facilita bastante a manutenção dos grandes na Primeira Divisão.

Para ser rebaixado, o clube precisa manter uma média negativa durante quatro anos seguidos. Isto porque o rebaixamento é feito com base na média de colocação nos últimos oito (quatro clausuras e quatro aperturas) campeonatos nacionais. Fica impensável imaginar Boca ou River dando vexames atrás de vexames por quatro anos seguidos.

Ainda assim, clubes como Estudiantes, tricampeão da Libertadores e o Argentinos Jr. também vencedor da principal competição sul-americana já disputaram a Segunda Divisão.

No Brasil: Medida parecida adotou a CBF no início dos anos 90. Com o intuito de preservar os grandes clubes e, consequentemente, os grandes públicos, a Confederação Brasileira de Futebol facilitou a subida do Grêmio em 1993 e praticamente blindou os integrantes do Clube dos 13.

Esta política de proteção só foi acabar em 1997, com o segundo rebaixamento seguido do Fluminense. Em 1996, o clube já havia alcançado pontos suficientes para disputar a Série B no ano seguinte. Porém, uma manobra nos bastidores manteve o Tricolor Carioca na Série A por mais um ano.

ESPANHA:

O Atlético de Madrid é um dos melhores exemplos a serem seguidos pelos clubes rebaixados em todo o mundo. O clube espanhol, tradicional clube da capital espanhola amargou dois anos jogando a segunda divisão espanhola depois de cair na temporada 99-00. Mesmo assim, o time não desanimou e aproveitou a experiência negativa se fortalecer.

Passou por uma profunda reestruturação administrativa, tendo reflexos dentro e fora de campo. Voltou à La Liga na temporada 02-03 bem mais forte e brigando pelas primeiras posições da tabela.

Quem ensina a fórmula da volta por cima é Paulo Futre, craque português que atuou por mais de dez anos no clube antes de virar dirigente.

- Passamos um ano reestruturando a área administrativa e financeira. Repensando desde as categorias de base ao patrocínio na camisa. Se caímos foi porque tudo estava errado. Precisávamos botar a casa em ordem para subirmos equilibrados, para não cairmos de novo, lembrou Paulo Futre.

Na temporada em que o Atlético voltou a figurar entre os principais clubes da Espanha, o time fez forte campanha televisiva para convocar sua torcida. A comoção foi tamanha que, de imediato, cerca de 40 mil carnês foram vendidos para os jogos do Atlético no Estádio Vicente Calderón.

ALEMANHA:

Vem da terra e do time do Kaiser a mais impressionante história de superação de um clube rebaixado para a segunda divisão.

A péssima campanha na Bundesliga de 95-96 e a pífia posição na tabela renderam ao tradicional time alemão, FC Kaiserslautern o rebaixamento para a 2.Bundesliga (segunda divisão alemã).

Porém, a redenção foi digna de registro. O tetracampeão da Bundesliga caiu para a 2ª e venceu; subiu para a primeira e sagrou-se campeão nacional. Não há registros sobre um caso como este em campeonatos nacionais de grande porte.

A saga do Kaiserslautern pode ser contada em três atos:

Ato I A Queda 95/96

A temporada de 1995/96 foi bizarra para a equipe da Renânia-Palatinado, região Sudoeste da Alemanha. O time acabou sendo rebaixados pela primeira vez na sua história ao terminar o campeonato na 16ª posição com 18 participantes.

Ato II Levante-se 96/97

Na temporada seguinte, o Kaiser estreou com vitória na 2.Bundesliga. O time manteve o ritmo até o final da temporada. Como não encontrou rival à sua altura, terminou o campeonato de 96/97 com 68 pontos, 12 à frente vice-campeão.

Ato III - A Consagração 97/98

De volta à primeira divisão, os 'Diabos Vermelhos'(como são chamados por seus torcedores) tiveram que passar, logo de cara, por uma prova de fogo. Estrearam contra os então campeões da Bundesliga, Bayern Munique na casa do adversário. No duelo entre os campeões da 1ª e da 2ª divisão alemã, melhor para o Kaiser que venceu por 1 a 0.

Ao final da temporada 97/98, o Kaiserslautern se sagraria campeão nacional pela quarta vez. Mas desta vez, a diferença entre o campeão e o vice, Bayern Munique ficou em apenas dois pontos.

A Realidade:

O Kaiserslautern foi novamente rebaixado na temporada de 05-06. Desde então, não conseguiu mais se restabelecer e há três anos disputa a 2.Bundesliga.

Confira abaixo a lista dos clubes que nunca foram rebaixados nos 20 principais campeonatos nacionais pelo mundo:

ALEMANHA (Bundesliga)

Hamburgo

Bayern Munique

ARGENTINA (Torneo Apertura e Clausura)

River Plate

Independiente

Boca Juniors

BRASIL (Campeonato Brasileiro)

Cruzeiro

Flamengo

Internacional

Santos

São Paulo

Vasco da Gama

CHILE (Torneo Apertura)

Colo Colo

Cobreloa

COLÔMBIA (Campeonato Colombiano)

Independiente Santa Fé

Millonarios

EQUADOR (Campeonato del Equador)

Barcelona de Guayaquil

ESCÓCIA (Premier League)

Celtic

Rangers

Aberdeen

ESPANHA (La Liga)

Athletic de Bilbao

Barcelona

Real Madrid

FRANÇA (Ligue 1)

Paris Saint-Germain

Auxerre

GRÉCIA (Super League)

AEK

Olympiakos

Panathinaikos

PAOK (antigo Thessaloniki)

HOLANDA (Eredivisie)

Ajax

Feyenoord

PSV

Utrecht (antigo DOS)

INGLATERRA (FA Premier League)

Arsenal

IRLANDA (Premier Division)

Bohemians

Saint Patrick's Athletic

ITÁLIA (Série A)

Internazionale (Mudou o nome para Ambrosiana na época do Facismo)

MÉXICO (Torneo Apertura)

América

Guadalajara

Necaxa (antigo Atlético Español)

Toluca

Pumas (antigo UNAM)

Cruz Azul

Santos (antigo Laguna e Deportivo Neza)

Tecos (antigo UAG)

PERU (Torneo Apertura)

Universitário Lima

PORTUGAL (Superliga)

Benfica

Porto

Sporting

ROMÊNIA (Liga 1)

Dinamo Bucuresti

Steaua Bucaresti (antigo Armata e CCA)

TURQUIA (Süper Lig)

Besiktas

Fenerbahçe

Galatasaray

Trabzonspor

URUGUAI (Torneo Apertura)

Peñarol

Nacional