Ginasta chinesa que quase ficou tetraplégica inicia reabilitação

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Agência EFE

PEQUIM - A ginasta chinesa Wang Yan, de 15 anos, que ficou paralisada após cair das barras assimétricas saiu da unidade de terapia intensiva e começou um programa de reabilitação de seis horas diárias, informou hoje o jornal 'China Daily'.

- A reabilitação consiste em exercícios para melhorar a respiração, a potência muscular e a mobilidade dos tornozelos. Além disso, ela vai se sentar, levantar e caminhar. O tratamento inclui atendimento psicológico - disse Tan Shensheng, subdiretor do hospital número 6 de Xangai, onde está internada a ginasta.

Ele explicou que nesta primeira fase da reabilitação, a jovem receberá tratamento com oxigênio hiperbárico. Serão três meses e "não se pode prever até onde chegará a recuperação', segundo o médico, que ressaltou que a paciente 'conseguiu superar o período mais perigoso'.

No dia 10 junho, durante o Campeonatos Nacional, disputando vaga na seleção olímpica, Wang caiu da barra mais alta das assimétricas enquanto realizava um giro de 360 graus. Ela perdeu o controle e caiu de cabeça, sem conseguir pôr as mãos à frente para amortecer a queda.

A ginasta fraturou a segunda e terceira vértebras. Passou 10 dias em coma e os médicos temiam que ela ficasse tetraplégica. Mas após uma operação seu estado melhorou e ela já recuperou parte da mobilidade na parte esquerda.

Além disso, segundo Tan, a jovem consegue urinar sozinha e não precisa mais de aparelhos de respiração.

Após o acidente, o diretor do Centro Administrativo de Ginástica de China, Gao Jian, afirmou que as novas regras internacionais para o esporte, que não estabelecem limite de dificuldade nos exercícios, podem levar a novas lesões graves.

Outra ginasta chinesa, Sang Lan, precisou de uma cadeira de rodas quando sofreu um acidente nos Jogos da Boa Vontade de Nova York, em 1998.