Bolívia lança campanha contra veto da Fifa a jogos na altitude

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REUTERS

LA PAZ - O governo da Bolívia lançou nesta segunda-feira uma campanha internacional para defender a 'universalidade' do futebol contra a decisão da Fifa de proibir partidas internacionais em cidades acima de 2.500 metros de altitude.

O presidente Evo Morales anunciou o envio imediato de uma delegação e uma carta à Fifa para pedir a reconsideração da polêmica medida, e pediu uma ação conjunta dos países afetados. Ele ainda solicitou ajuda dos 'presidentes irmãos' de Argentina e Brasil.

- Este não é um veto somente à Bolívia, e sim um veto à universalidade do esporte, disse Morales a jornalistas após uma reunião de emergência com ministros e autoridades esportivas e regionais.'

- O esporte é integração, saúde e educação, então é também um veto à integração, à saúde, à educação, acrescentou o presidente.

A proibição da Fifa, se confirmada no próximo congresso da entidade, vai impedir a realização de jogos de futebol na capital boliviana La Paz e em quatro outras cidades do país.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse no domingo que o comitê executivo da entidade havia decidido agir nessa questão após uma proposta de seu conselho médico.

A Bolívia conquistou no passado vitórias históricas sobre Brasil e Argentina em Laz Paz, e terminou como vice-campeã da Copa América de 1997, que foi realizada no país.

A decisão da Fifa também atinge o Equador, que classificou-se para as duas últimas Copas do Mundo graças a vitórias conquistadas em Quito, a 2.800 metros de altitude. O Equador está invicto em casa há quase seis anos.