Centrão formaliza apoio a Alckmin para disputa da Presidência

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Em evento num hotel em Brasília, o Centrão formalizou, nesta quinta-feira (26), o apoio à candidatura do tucano  Geraldo Alckmin à Presidência da República.  Participaram do encontro representantes de DEM, PP, PR, PRB e SD. " Estou muito feliz. Fui candidato em 2006, mas sinto um clima hoje totalmente diferente e me sinto até muito mais amadurecido para o momento em que vivemos, que não é um momento fácil. O caminho não é nem autoritarismo, nem populismo, mas a democracia, o diálogo que leva ao entendimento", disse Alckmin.

Em carta lida no evento, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) - que está nos Estados Unidos -, declarou que abriu mão de sua pré-candidatura ao Planalto. Maia afirma que será candidato à reeleição para deputado federal pelo Rio. 

O deputado Milton Monti (SP) citou o filósofo Aristóteles para defender a união do grupo em torno da candidatura à Presidência de Geraldo Alckmin (PSDB), ao dizer que "a virtude está no meio". "Quando esse grupo se alinha e vê em vossa excelência o amálgama capaz de construir esse consenso, de nos conduzir àquilo que o Brasil precisa, nós então decidimos nos alinhar a essa ideia", disse o deputado do PR.

ACM Neto, Ciro e racha

O líder do DEM, ACM Neto, disse que não é possível apoiar um candidato "querendo genuinamente votar em outro", em uma clara referência à longa novela da aliança do bloco que chegou a pender para Ciro Gomes. "Nesses dias de muita reflexão e dúvidas, é natural que tenhamos dúvidas", disse ACM Neto. "Temos de ouvir o coração na política também", afirmou o deputado.

ACM Neto também fez referências sobre um possível racha no bloco, o que foi especulado nos últimos dias. "Todos os partidos que compõe essa aliança tinham pré-candidatos e fomos capazes de deixar de lado as questões internas de cada partido para promover uma aliança que foi encarada por muitos com ceticismo e desconfiança, ouvíamos que esse bloco iria se dividir", disse.

A aliança, segundo ele, teve espírito público e sentimento de brasilidade. "Foi com esse espírito que chegamos até aqui para convergir em torno de Alckmin", disse.

O líder dos democratas também agradeceu o empenho do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) como pré-candidato. "Rodrigo vem dando contribuição imprescindível para a estabilidade democrática", disse. Ele disse ainda que o presidente da Câmara foi a síntese da capacidade de diálogo e construção coletiva.

Do PRB, Marcos Pereira, afirmou que o Brasil precisa ser encarado hoje de forma realista e esperançosa e que o partido realizou pesquisas para escolher quem apoiar. Segundo ele, 72% dos entrevistados disseram que o próximo presidente precisa ser conciliador. "São Paulo está no azul e Alckmin vai fazer o País voltar ao azul também, rumo à conciliação", disse. "O Brasil não pode mais flertar com extremos", emendou.

O líder do Solidariedade, Paulinho da Força, afirmou em seu discurso que "para tirar o País do buraco só um conjunto de forças como essa". "Nós precisamos reconstruir essa organização sindical", disse.

Com Estadão Conteúdo