Conflitos externos trazem instabilidade ao câmbio

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O dólar opera com instabilidade nesta sessão, acompanhando o aumento da aversão a risco externo em meio aos conflitos geopolíticos no Oriente Médio e África, onde populares pedem o fim da ditadura. A moeda estrangeira chegou à máxima de R$ 1,671, mas no fim da primeira etapa cedia 0,06%, a R$ 1,666 na venda.

A Líbia é o país que enfrenta o pior momento, com forte reação do governo contra os manifestantes, onde se relatam mais de 330 mortes nos ataques, em meio às deserções de militares que não querem cumprir ordens de ataque contra populares, comenta a Treviso corretora em relatório.

Como a Líbia é responsável por parcela expressiva de envio de petróleo para a Europa, isso coloca em xeque as economias da região em caso de não abastecimento. Em Londres o petróleo já bate US$ 107 o barril. No mercado de moedas, o euro trabalha no nível de 1,36, mantendo-se em alta frente ao dólar.

Aqui, a moeda continua com sua toada normal, sem ser muito afetada por conta de todos os problemas externos. Para a Treviso, o Banco Central (BC) pode voltar a fazer compras no mercado à vista. Ontem, a autoridade monetária realizou dois leilões de compra a termo e não interveio no spot.

Na agenda de indicadores, o preço dos imóveis nos Estados Unidos recuou 2,38% em dezembro de 2010, na comparação com o período anterior. Um mês antes, houve retração de 1,62%. Já a atividade manufatureira de Richmond avançou para 25 pontos em fevereiro deste ano, ante 18 pontos no mês passado, superando previsões do mercado.