Curva de juros sobe na BM&FBovespa
Nesta manhã a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou a primeira prévia de dezembro do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), que subiu de 0,26% no fechamento de novembro para 0,47%, liderada pela alta dos alimentos, destaque individual para frutas e hortaliças.
Já o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de novembro ficou abaixo do piso das expectativas, taxa de 0,07%, com os preços no atacado registrando deflação puxada pela queda dos preços no setor industrial, enquanto no varejo a reversão nos preços dos alimentos elevou o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de 0,01% para 0,26%.
O emprego industrial avançou 0,7% entre setembro e outubro, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este foi o maior incremento desde julho de 2008, mantendo, assim, uma sequência de taxas positivas há quatro meses, com ganho de 1,6% nesse período.
Hoje e amanhã, a diretoria do Banco Central (BC) estará reunida para definir a nova taxa básica de juros (Selic). Atualmente, a Selic está em 8,75% ao ano.
Segundo José Góes, analista e economista da WinTrade (Home Broker da Alpes Corretora), o colegiado do BC deve manter os juros inalterados. "Apesar do fortalecimento da economia nos últimos meses, a inflação segue bem comportada e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) em torno de 80% permite que o BC mantenha a taxa básica de juros no menor patamar da história", ressalta.
De acordo com Góes, a ata da reunião - divulgada na próxima semana - continua sendo mais importante do que a decisão do Copom amanhã. "Os economistas e analistas continuarão atentos às pistas sobre a proximidade de uma eventual elevação da taxa de juros", explica.
(Maria de Lourdes Chagas - Agência IN)
