Vendas da Nestlé caem 2,1% por Páscoa tardia

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SÃO PAULO, 22 de abril de 2009 - A Nestlé, maior grupo alimentício do mundo, registrou um declínio nas vendas do primeiro trimestre devido à firmeza do franco suíço e à Páscoa tardia, mas acalmou investidores ao repetir sua meta anual de expansão das vendas.

A Nestlé afirmou que seu alcance global e fortes marcas, junto a medidas para responder à crise econômica como a promoção de produtos mais baratos e o corte de despesas, indicam um crescimento das vendas orgânicas em 2009 de ´pelo menos quase 5%´.

O aumento das vendas orgânicas, que desconsidera efeitos cambiais e aquisições, foi de 3,8% no primeiro trimestre, contra uma previsão média de analistas de expansão de 3,7%.

"A projeção confirmada e o bom crescimento orgânico no primeiro trimestre são positivos", disse o analista Robert Czerwensky, do DZ Bank.

As vendas totais do grupo recuaram 2,1% , para 25,2 bilhões de francos suíços (US$ 21,5 bilhões), ante 25,7 bilhões de francos suíços no primeiro trimestre do ano passado.

Analistas têm dito que a Nestlé está melhor posicionada para sair da recessão do que seus concorrentes devido à abrangente linha de produtos e ao amplo alcance geográfico.

O analista independente James Amoroso disse que o fraco crescimento dos volumes deve-se em grande parte à difícil comparação com o ano passado e à Páscoa tardia que, segundo a companhia, atingiu as vendas de sorvete na Europa e de chocolate no Brasil, o maior mercado para o produto da Nestlé no mundo.

(InvestNews)