Brasil é o país que menos investe na área, diz OCDE

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SÃO PAULO, 18 de setembro de 2007 - O Brasil investe pouco em educação e distribui mal aquilo que gasta. A conclusão está no relatório Educação num Olhar 2007, divulgado hoje (18) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). De 36 países desenvolvidos e em desenvolvimento pesquisados pela entidade, o Brasil é o que menos emprega recursos para a área.

Em relação ao gasto por estudante, o país ficou em último lugar, com US$ 1.303 investidos por ano. A quantia equivale a 17,2% da média dos gastos dos países da OCDE, de US$ 7.572 anuais por aluno, e representa pouco mais de um décimo do investido pelos Estados Unidos, que lideram a lista com US$ 12.082. O Chile, único país sul-americano além do Brasil incluído no levantamento, investe US$ 2.864 e ficou em 32º lugar.

No caso do Brasil, o estudo revela ainda disparidades no gasto conforme os níveis de ensino. Segundo o relatório, o país foi o que apresentou a maior diferença entre os gastos na educação básica e no nível superior. Nos gastos por aluno no ensino médio, o Brasil está em último lugar, com US$ 1.033, e em penúltimo nos investimentos em ensino fundamental, com US$ 1.159, à frente apenas da Turquia.

As universidades brasileiras, no entanto, vivem situação bem diferente. O investimento brasileiro é de US$ 9.019 por estudante, o suficiente para garantir a 18ª posição na lista da OCDE, ao lado de nações desenvolvidas como a Espanha (US$ 9.378) e a Irlanda (US$ 10.211).

A quantia inclusive supera os gastos por universitário na Nova Zelândia, na Itália e em Portugal. O Brasil investe mais nessa área que a Coréia do Sul, onde é de US$ 7.095 o desembolso anual por aluno no nível superior.

As informações são da Agência Brasil.

(Redação - InvestNews)