EUA e Colômbia assinam tratado de livre-comércio

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EFE

WASHINGTON - Estados Unidos e Colômbia assinaram nesta quarta-feira um tratado comercial que contempla a redução das tarifas alfandegárias e estabelece, entre outras disposições, normas comuns para a proteção da propriedade intelectual e dos investidores.

- Esta é uma vitória simbólica para a democracia na Colômbia, disse o 'número dois' em matéria de comércio exterior dos EUA, John Veroneau, que assinou o acordo em nome de seu país.

Pelo lado colombiano, a assinatura coube ao ministro de Comércio, Indústria e Turismo, Jorge Humberto Botero, que ressaltou que o acordo terá um impacto além da esfera econômica.

- Este tratado é de grande importância no âmbito da luta impetuosa e sem quartel que a Colômbia trava, com o decidido apoio dos Estados Unidos, contra o tráfico de drogas e o terrorismo, disse Botero no ato, realizado no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A assinatura do acordo acontece após 14 rodadas de negociações, as quais duraram 22 meses e que começaram com o Peru e o Equador participando delas.

O TLC entre Colômbia e EUA entrará em vigor depois que receber o sinal verde das legislaturas de ambos os países, assim como da Corte Constitucional da Colômbia.

Em declarações à imprensa após a cerimônia, Botero disse esperar que o Congresso dos EUA possa iniciar o debate sobre o TLC 'o mais rápido possível'.

Para a Colômbia, a principal vantagem do acordo é um acesso "seguro' ao maior mercado do mundo, destacou Veroneau.

Atualmente, a maioria das exportações do país andino entra nos EUA sem pagar tarifas, graças à chamada Lei de Preferências Tarifárias Andinas e Erradicação de Drogas (ATPDEA).

Mas este privilégio é temporário e depende da renovação pelo Congresso.

Por outro lado, para os Estados Unidos, o acordo eliminará as barreiras à participação de empresas de seu país no setor de serviços colombiano, protegerá a propriedade intelectual de seus laboratórios farmacêuticos e outras companhias e estabelecerá um mecanismo para a resolução de disputas sobre investimentos, disse Veroneau