Brasil está ficando para trás: Bloomberg revela países líderes do mundo pós-pandêmico

Em 2021, o mundo estaria começando a se recuperar rapidamente da crise causada pela pandemia da covid-19, vendo o maior crescimento global em mais de meio século. No entanto, alguns países não se beneficiariam disso, revelaram especialistas da Bloomberg

Por JORNAL DO BRASIL

Cliente perto de prateleiras cobertas de plástico para ocultar produtos não essenciais proibidos para venda em supermercado devido às restrições da covid-19, Porto Alegre

A agência Bloomberg chamou os Estados Unidos e a China de líderes do mundo pós-pandêmico. Os EUA estão recuperando através de bilhões de dólares de estímulo orçamental. A China foi a única grande economia que cresceu em 2020. O país asiático está vivendo recuperação em forma de "V" depois de conter o novo coronavírus.

Ao mesmo tempo, os países da Europa estão vivendo novos lockdowns, dado que o programa da vacinação da União Europeia não está funcionando, segundo a agência. Apesar da companha bem-sucedida de imunização do Reino Unido e o programa de passaportes da covid-19 para impulsionar a economia, o país vivencia a maior recessão em 300 anos.

"As vacinas ainda não estão disponíveis para todos e em todos os lugares. Muitas pessoas continuam enfrentando perdas de emprego e pobreza crescente. Muitos países estão ficando para trás", ponderou Kristalina Georgieva, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A economia global cresceu 1,3% em termos trimestrais em cadeia nos primeiros três meses de 2021. Enquanto os EUA estão se recuperando, as economias de França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Japão estão caindo. Mercados emergentes de Brasil, Rússia e Índia estão todos sendo ultrapassados pela China.

Entre os fatores que afetam a recuperação da economia, os especialistas da agência destacam os tempos da vacinação contra a covid-19 e a política monetária.

Em 2020, a maioria dos países, inclusive Brasil, Rússia e Turquia, reduziu a taxa referencial para lutar contra a crise. Atualmente, nestes países suas políticas monetárias estão sendo reforçadas, para evitar aumento da inflação ou a saída de capital, conforme Bloomberg.

O FMI estima que a produção mundial será 3% menor em 2024 do que a projetada antes da pandemia. Os países dependentes do turismo e de serviços serão os que mais sofrerão. (com agência Sputnik Brasil)