Petrobras lucra R$ 5,117 bilhões no 1º trimestre

Com venda da TAG, ganho chega a R$ 18,866 bilhões. No semestre, lucro foi de R$ 22,897 bilhões.

Por Gilberto Menezes Côrtes

Petrobras

A Petrobras apurou lucro líquido recorrente de R$ 5,157 bilhões no 2º trimestre, com alta de 10,6% no período, informou a companhia na noite desta quinta-feira, 1º de agosto. Com a venda da Transportadora Associada de Gás (TAG) à francesa Engie, o lucro contábil atingiu a R$ 18,866 bilhões no 2º trimestre.

No primeiro semestre o lucro contábil da estatal alcançou os RE 22,897 bilhões, um aumento de 34,4% sobre igual período de 2018.

A receita líquida com a venda de derivados da companhia atingiu a R$ 47,6 bilhões, um aumento de 12% no trimestre em relação ao primeiro, e de 8% no 1º semestre deste ano frente a igual período do ano passado.

Segundo a companhia, “os desinvestimentos somaram US$ 15 bilhões até o final de julho, com destaque para as transações da TAG, da BR Distribuidora – primeira privatização via mercado de capitais na história do Brasil – e de campos maduros de petróleo”, Depois da privatização, a Petrobras ficou com 37,5% do capital da BR”, percentual que a estatal tem “intenção de vender parcial ou totalmente”.

A Petrobras justificou o “desinvestimento de campos maduros, com baixa produtividade e alto custo de extração e onde não somos donos naturais, oferece excelentes oportunidades de retorno elevado para a Petrobras pela concentração de investimentos no pré-sal, que já responde por 57% da produção de óleo e gás e onde os custos são bem mais baixos.

Distribuição de dividendos

Com a expectativa da melhora do lucro líquido para o exercício de 2019, o Conselho de Administração aprovou a antecipação de distribuição de remuneração aos acionistas sob a forma de juros sobre o capital próprio (JCP) no valor de R$ 2,6 bilhões, equivalente a R$ 0,20 por ação ordinária e preferencial por circulação, superando os R$ 0,10 por ação do trimestre anterior.

O fluxo de caixa livre foi positivo pelo 13] trimestre consecutivo, totalizando R$ 11,3 bilhões. “Este resultado foi obtido através da melhora da geração operacional, pelos mesmos motivos que impactaram positivamente o EBITDA, e pela redução dos investimentos em relação ao 1T19”, segundo a empresa.

No 2T19, a dívida líquida continuou sua trajetória decrescente, fechando em US$ 83,7 bilhões, uma redução US$ 11,9 bilhões em relação ao 1T19. No trimestre, houve amortização de US$ 2,2 bilhões, com novas captações de apenas US$ 488 milhões.

No 2T19, o índice dívida líquida/LTM EBITDA ajustado caiu para 2,52x em relação ao de 2,89x registrado no 1T19, aplicando os efeitos do IFRS 16 em todo período do LTM EBITDA ajustado de 2018. Uma vez expurgados tais efeitos, o índice teria sido 2,02x no 2T19