Reestreia do musical “SamBRA” na Cidade das Artes
No mês em que a cidade recebe os jogos olímpicos, o musical “SamBRA”que conta a história do samba reestreou ontem no teatro da Cidade das Artes, na Barra da Tijuca. Escrito e dirigido por Gustavo Gasparani e estrelado por Diogo Nogueira e grande elenco, SamBRA, uma mescla de musical e show foi visto por mais de 20 mil pessoas em curtas temporadas em várias capitais brasileiras.
“SamBRA” visita a história do samba e de seus baluartes, contando a trajetória deste gênero musical em homenagem a seus 100 anos de existência, que estão sendo comemorados este ano. Ele leva a assinatura da Musickeria e da Aventura Entretenimento, e apresentado pelo Bradesco, que criaram uma grande plataforma para contar a história do centenário do gênero musical mais característico do país. No Rio de Janeiro e em São Paulo,“SamBRA” teve oito apresentações, sempre com casa lotada e aplaudido de pé por um público entusiasmado, que reuniu grandes nomes do samba e da música, como Beth Carvalho, Paulinho da Viola, Arlindo Cruz, Jorge Aragão, Monarco, Caetano Veloso, Marisa Monte, entre vários outros.
O espetáculo é composto de prólogo, abertura e mais 14 quadros. Com cerca de duas horas e trinta minutos de duração, o musical contém cerca de 70 músicas cantadas e 25 outras que ligam as canções em formato de texto. A narrativa é feita de forma quase cronológica e conta desde a história de “Pelo Telefone”, supostamente o primeiro samba gravado no país, passa pelo berço do samba, a Praça XI, visita os morros cariocas, o teatro de revista, fala de boemia e malandragem, passeia pelo samba politizado, pelos subúrbios cariocas e deságua a apoteose do samba na Avenida, no desfile das escolas de samba. Todos os baluartes deste gênero musical são lembrados: Pixinguinha, Silas de Oliveira, Mano Décio da Viola, Donga, João da Baiana, Sinhô, Ismael, Tia Ciata, Francisco Alves, Carmen Miranda, Grande Otelo, Cartola, João Nogueira, Clara Nunes, Paulo Cesar Pinheiro, Noel Rosa, Chico Buarque, Billy Blanco, Martinho da Vila, o Cacique de Ramos, Jorge Aragão, Silas de Oliveira, Beth Carvalho, Paulinho da Viola e muitos outros.
“SamBRA é uma grande viagem, irreverente e lúdica, no qual o Samba é a inspiração, o protagonista”, explica o autor e diretor do espetáculo, Gustavo Gasparani, que mergulhou durante três meses em uma profunda pesquisa, para a criação do texto. “Nossa busca foi por um olhar diferente, que fugisse do óbvio, uma forma nova de cantar o samba, sem perder a essência. Me fixei nos movimentos, na chegada do choro, na relação do teatro com o samba, na irreverência das revistas, na importância da Praça XI, na explosão do rádio. Mas não é calçado no racional, pelo contrário, é feito pra emocionar, pra mexer com o público.”
