A 10 dias do Halloween, conheça apavorantes cidades-fantasma
Da "Ilha das Bonecas", no México, a uma estação baleeira, na Antártica: a 10 dias do Halloween, quem achar que onde mora não é assustador o suficiente, pode conhecer algumas das várias cidades-fantasma espalhadas pelo planeta.
Um dos exemplos é a "Isla de las Muñecas", ou "Ilha das Bonecas", no México. O local era a casa do eremita Julian Santana Barrera, que vivia isolado no canal de Xochimilco, ao sul da Cidade do México. Segundo uma lenda, um dia, este homem encontrou uma menina afogada no canal e, para homenageá-la, decorou toda a ilha com dezenas de bonecas.
Com o passar do tempo, o lugar passou a ser um famoso destino turístico, onde os visitantes deixam novas bonecas para continuar a macabra coleção. Em 2001, Julian foi encontrado afogado no mesmo ponto onde a garota teria morrido.
Conhecida como a "Ilha do Encouraçado", a Ilha de Hashima, no Japão, hospeda instalações de extração de carvão abandonadas e vários edifícios empoeirados e em estado de desmoronamento que um dia pertenceram aos trabalhadores da área.
Desde 1974, por causa do encerramento do funcionamento das instalações, Hashima está abandonada. No passado, a região chegou a receber 5 mil pessoas, enquanto atualmente faz parte de dezenas de percursos turísticos. Na Ucrânia, a cidade de Pripyat, onde habitavam cerca de 50 mil pessoas, ficou deserta após o desastre nuclear de Chernobyl, o maior e pior acidente do gênero. O lugar é ótimo para se ter ideia de como um centro com grande população pode desaparecer depois de uma tragédia como essa. Acredita-se que se pode ver e escutar almas perdidas e espíritos.
Já na França, o município de Oradour-Sur-Glane é outro exemplo de cidade fantasma. O destino, agora muito turístico, permanece igual ao que era em 1944, quando os nazistas alemães o invadiram e atacaram os moradores, matando mais de 642 pessoas, incluindo crianças, mulheres e idosos.
Kolmanskop, na Namíbia, também é um lugar, no mínimo, assustador. Esse vilarejo era conhecido pela extração de diamantes feita na região principalmente pelos alemães. No entanto, com a queda do preço das pedras, no fim da Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918), o fabuloso e moderno centro de arquitetura alemã no deserto africano foi abandonado.
Com o passar dos anos, as casas foram invadidas pela areia e algumas delas foram até preenchidas por ela. Os turistas podem visitá-las, mas devem ter cuidado com as serpentes e outros animais peçonhentos e venenosos que se escondem na areia.
No deserto de Atacama, ao norte do Chile, a cidade de Humberstone pode ainda contar com alguns moradores, cerca de 250, mas é repleta de edifícios empoeirados, abandonados e decadentes. No passado, a região abrigava milhares de trabalhadores das maiores minas de salnitro (nitrato de potássio) do mundo. Atualmente, o lugar é um dos mais incríveis - e estranhos - Patrimônios da Humanidade da Unesco.
A pequena cidade de Port Arthur, na Tasmânia, é considerada um dos lugares mais medonhos da Austrália. A região, além de ser uma colônia de presidiários, sofreu com um horrível massacre em 1996 que matou 35 pessoas e feriu dezenas de outras. Segundo lendas locais, é possível ver espíritos e figuras espectrais e escutar o sino da igreja, que não é tocado há anos.
Imersa entre as colinas da cadeia montanhosa de serra nevada, no estado norte-americano da Califórnia, Bodie é uma das principais cidades fantasmas do país. O clássico município minerador do faroeste continua de pé, com tesouros escondidos nas pilhas de pó e enterrados no solo de terra batida. No entanto, é melhor que os caça-tesouros não pensem em levar nada para casa. Lendas dizem que fantasmas perseguem até a morte quem rouba o vilarejo.
E por fim, mas não menos assustadora, está uma estação baleeira na Antártica que, após a caça ter dizimado a população de baleias da região, foi abandonada, já que não era mais lucrativa. O que permaneceu do estabelecimento foram embarcações quase naufragadas e enferrujadas, prédios caindo aos pedaços e o sombrio e silencioso cemitério dos trabalhadores.
