Crítica: 'Além da Liberdade'
Filha do herói da independência birmanesa, a pacifista Aung San Suu Kyi parece ser o alvo perfeito para uma cinebiografia. Além da Liberdade cumpre os ritos do subgênero e tão somente isso.
Com a terra natal politicamente convulsa após o massacre de manifestantes anti-governo em 8 de agosto de 1988, Suu retornou para liderar um movimento democrático vencedor das eleições gerais de 1990. A Liga Democrática Nacional vence mas não leva. A resistência lhe rendeu o Nobel da Paz em 1991, mas a líder é mantida em cárcere domiciliar e assim permanece até novembro de 2010.
Luc Besson, aqui apenas diretor contratado, tenta extrair o melhor de Michele Yeow, no papel de Suu, e do onipresente David Thewlis no papel de seu marido. De posse de um roteiro nada criativo e ensopado de uma gosma trágica, manobra a câmera para desviar a atenção da palidez dos diálogos e das performances.
Cotação: ** (Bom)
