Crítica: 'American Pie: O Reencontro'

Por André Prado e Eduardo Damotta

Como herdeiro do subgênero criado por Porky's - A Casa do Amor e do Riso de 1982, a franquia American Pie pode se considerar mais exitosa e mais engraçada. Este último O Reencontro é um fechamento convincente e despreocupado. Não é uma comédia genial, a franquia nunca foi, mas contém todos os ingredientes que fizeram seus antecessores populares: comédia grosseira, escatologia, um sem fim de piadas sobre sexo e uma certa ingenuidade. 

Os atores Jason Biggs (Jim Levenstein), Alyson Hannigan (Michelle), Chris Klein (Oz), Thomas Ian Nicholas (Kevin), Tara Reid (Vicky), Seann William Scott (Steve Stifler), Mena Suvari (Heather) e Eddie Kaye Thomas (Finch) são hoje todos veteranos no cinema, ou em séries de TV, e estão à vontade nas personagens e conseguem manter o carisma e a simpatia do original. Destaque também para o veterano Eugene Levy que protagoniza duas cenas ótimas no filme.

O filme segue a deixa do seu precursor O Casamento e mostra todos os personagens encarando a vida de adultos. A premissa simples da reunião da classe de 1999, treze anos depois, mexe com vida de todos eles. Quando os meninos combinam um “aquecimento” antes da reunião da turma, as situações começam. Os desfechos, muitas vezes previsíveis, são ainda assim divertidos. O roteiro é bem amarrado e a direção pontua bem as situações criadas por ele. A cena inicial que resume o estado do casamento de Jim é ótima.

Os fãs da franquia não irão se decepcionar e mesmo os não “iniciados” podem se divertir bastante neste filme. Continua sendo uma comédia sem compromissos com seus neurônios, mas cumpre muito bem o seu papel de fazer rir. Minha impressão final é que o filme é o melhor da série e pode lhe garantir algumas sinceras e altas gargalhadas.

Cotação: *** (Ótimo)