Crítica: 'Um dia'
Nos primeiros 20 minutos de duração de Um dia podemos esperar uma comédia romântica previsível. Na história, Emma (Anne Hathaway) e Dexter (Jim Sturgess) se conhecem na noite de graduação universitária, em 15 de julho de 1988 (St. Swithin's day). A partir daí, somos transportados para a história de amizade/romance dos dois, reproduzida sempre na mesma data ao longo dos anos seguintes.
Mas Um dia está bem distante dos filmes água com açúcar e previsíveis. Devemos esperar um pouco mais da diretora de Educação. A adaptação do romance de David Nicholls, assim como o livro, não fala apenas do amor, mas do tempo. E é isso que enriquece o longa.
Apesar de ter sido severamente criticada por seu sotaque britânico "fake", a americana Anne Hathaway consegue se sair bem. A atriz interpreta com maestria o papel de jovem desiludida, "alguém que não vai a lugar nenhum", transformando a personagem chata na mais divertida da trama.
Todos os encontros de Emma e Dex são marcados por uma mistura correta de comédia e drama. Na relação deles a química é real, o que torna a história mais prazerosa.
Dex tenta durante todo o longa fazer com que Anne se solte. Certinha ao extremo, até para viajar a jovem precisa estabelecer uma lista de regras como "não nadar nu", "não tentar amassos depois de beber", entre outros. Mas quem sabe a solução para todos os problemas de Emma e Dex seja exatamente quebrar as regras antes que o tempo faça isso por eles.
Cotação: *** (Ótimo)
