'A mulher do meu amigo', de Claudio Torres, ficou nas boas intenções
Rubens Lima Jr., JB Online
RIO - No cinema, originalidade é uma coisa que não existe. Sempre que se faz referência a um gênero, ela deve trazer, pelo menos, alguma novidade no modo de mostrar o que já foi visto à exaustão. A esta aula Cláudio Torres faltou. É o que denuncia seu novo filme, A mulher do meu amigo.
Como uma overdose, ele usa e abusa dos clichês com direito até a casais escondidos no armário para contar a história de dois amigos que, secretamente, têm um caso com a mulher do outro. É uma comédia requentada tentando ser requintada.
O quarteto formado por Marcos Palmeira, Mariana Ximenes, Maria Luisa Mendonça e Otávio Müller, dentro do possível, tenta dar tratos mais modernos às interpretações. Volta e meia caem na caricatura, em especial Mariana, forçando caras e bocas.
É inegável que o diretor tenta fugir do já batido e pode-se destacar a boa fotografia e ótimos momentos isolados de Maria Luisa Mendonça, mas fica só nisso. Uma bobagem pouco risível de boas intenções.
