'Deu a louca na Cinderela' faz sátira do conto de fadas
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SÃO PAULO - 'Deu a Louca na Cinderela', de Paul Bolger e Yvette Kaplan, é mais uma investida nos filmes de animação que procuram fazer humor em cima do mundo dos contos de fada.
Embora o título remeta ao filme 'Deu a Louca na Chapeuzinho' (2005), esta nova produção não tem qualquer relação com a antecessora, a não ser o fato de ambas tentarem pegar carona no sucesso da trilogia 'Shrek'.
O filme entra em circuito nacional apenas em cópias dubladas na quinta-feira.
'Deu a Louca na Cinderela' começa com uma explicação sobre como os vilões dominaram a terra dos contos de fada, sob o comando de Frieda, a madrasta da Cinderela.
O desastre acontece quando o mago que controla este mundo da fantasia -- e zela pelos finais felizes -- tira férias no dia do baile da Cinderela (aqui, chamada de Ella).
Aproveitando-se de sua ausência, Frieda rouba um cajado mágico e passa a ter poderes sobre todas as criaturas dos reinos de A Bela Adormecida, O Príncipe Sapo, Rapunzel, Rumpelstiltzkin, Branca de Neve etc.
Como o príncipe encantado de Cinderela é um rapaz atrapalhado e ignorante, resta a Rick, o pajem do príncipe, a missão de remediar a iminente destruição de todos com a ajuda de Ella.
O rapaz é, desde antes, apaixonado pela maltratada garota, e percebe em toda essa caótica situação uma oportunidade para reivindicar o 'final feliz' para ele mesmo.
Ao que parece, os figurantes dos contos de fada não parecem viver 'felizes para sempre' como seus heróis e heroínas. Rick, por exemplo, é o rapaz que acompanha o príncipe no calvário de descobrir quem é a dona do sapato de cristal e acaba sem ninguém todas as vezes que a história é contada.
De maneira geral, o filme pretende ser divertido a todo o custo, com piadas prontas e artifícios inspirados em produções de melhor qualidade. Também não conta com recursos técnicos tão bons, e nem mesmo a trilha sonora de Paul Buckley consegue levantar muito o ritmo desta obra.
