Papa diz que rock é estilo musical diabólico

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ANSA

ROMA - O papa Bento XVI escreveu há seis anos que o rock é a "expressão de paixões elementares, que nos grandes concertos têm assumido um caráter cultural, ou seja, uma contracultura que se opõe ao culto cristão". A opinião está no livro "Introdução ao Espírito da Liturgia", escrito pelo Pontífice.

Mas dessa vez o Papa foi mais duro que anteriormente: em 1996, durante uma missa em Roma, afirmou que o rock "deve ser purificado de suas mensagens diabólicas" e que o "rock pesado não é adequado para a Igreja". Mas os monges beneditinos discordam e promoveram em julho do ano passado um concerto de rock em homenagem ao falecido papa João Paulo II no monastério de Viterbo. O evento teve a participação de Alberto Rocchetti, tecladista do roqueiro italiano Vasco Rossi.

O rock, escrevia Ratzinger em seu livro, "quer liberar o homem de si mesmo num evento de massa e envolver o espectador por meio do ritmo, o barulho e os efeitos luminosos, levando quem participa dos shows ao ponto mais primitivo de todos, provocando o êxtase da superação dos próprios limites". O Papa também critica a música pop, dizendo que "não é um gênero que agrada ao povo literalmente", não passando de "um culto a banalidade".

O rock sempre foi alvo da hierarquia eclesiástica. "Voltam Satanás e os demônios", alertou em 1996 o arcebispo de Viena, Christopf Schonborn, que citou "alguns tipos de música rock" entre as mais evidentes obras do demônio (além da droga e da prática obsessiva do sexo).

Monsenhor Balducci, conhecido demonólogo, afirmou que "é um fato que muitas estrelas do rock pertencem a cultos satânicos", citando Mick Jagger, Alice Cooper e Ozzy Osbourne, ligando a ocorrência de suicídios entre os jovens ao gosto pelo rock.