Marte na rota certa: confira crítica do filme "Minha vida em Marte"
Há 4 anos atrás, foi lançado com extremo sucesso a comédia ‘Os homens são de Marte... e é pra lá que eu vou’, adaptação da peça de igual sucesso escrita e estrelada por Mônica Martelli. Desde então, o mundo evoluiu muito nas questões de representatividade e, se um roteiro que se curve à necessidade de a mulher ser feliz apenas se casada já tinha parecido muito antiquado antes, hoje “Minha vida em Marte’ vem acima de tudo reivindicar esse lugar amplificado de direitos emocionais femininos.
Na direção, sai Marcus Baldini (de ‘Bruna Surfistinha’) e entra Susana Garcia, irmã e braço direito de Mônica, além de co-roteirista e criadora da série que o filme original gerou. Nessa segunda parte, vamos ver Fernanda (Martelli) em crise no casamento e abrindo os olhos (ainda que lentamente) para a dor e a delícia de estar só. Ao seu lado, o fiel escudeiro e sócio Anibal, vivido com as habituais competência e despudor por Paulo Gustavo.
Juntos em cena, Mônica e Paulo ampliam a química já existente no primeiro longa. Juntos, os personagens e seus atores potencializam o humor da história com seu talento e ajudam a escrever a moral da história que já devia estar de pé desde o capítulo anterior. Sem forçar a barra no didatismo, mas também sem oferecer nada muito mais profundo do que o apresentado, Mônica e Paulo assinam com sua amizade um farol para a auto-preservação.
* Membro da ACCRJ
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COTAÇÃO: * * (REGULAR)
