Recheio surpresa: confira crítica de 'Exterminadores do Além contra a Loira do Banheiro'

Por RODRIGO FONSECA

Dani Calabresa vive uma youtuber no terrir

Com mais cara de “Sessão das dez” do que de “Sessão da tarde”, apesar de um apelo teen de total afinação com a linha vespertina de filmes da Globo, “Exterminadores do Além contra a Loira do Banheiro” deixa muito queixo caído com sua artesania formal: a direção de Fabrício Bittar imprime neste “terrir” um padrão de assombro e de tensão que muito filme de horror de maior ambição estética não atinge. É uma comédia boa de risos - sem dúvida, sobretudo quando Danilo Gentili aparece, descortinando ironia e bordões de saborosa truculência – mas é, sobretudo, um excelente thriller sobrenatural, bem calçado em sua habilidade de explorar a surpresa e desafiar expectativas. Tem lá suas nojeiras, tem lá suas bobeiras, mas tem algo cada vez mais raro em nosso cinema: protagonistas tridimensionais, que se sustentam na torcida do público por conflitos internos. Há uma leva de coadjuvantes de luxo bem encaixados no filme. Mas o achado do elenco é a escalação de Digão Ribeiro, que faz de seu escatológico personagem, o segurança Conan, um adorável encosto.

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OS EXTERMINADORES DO ALÉM CONTRA A LOIRA DO BANHEIRO: *** (Bom)

Cotações: o Péssimo; * Ruim; ** Regular; *** Bom; **** Muito Bom