Magia em grande e confusa escala: confira crítica de 'Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald'

Por ANA RODRIGUES *

A maior falha do roteiro da J. K. Rowling foi sobrecarregar o texto de subtramas que poderiam ficar para depois

O êxito de J.K. Rowling com a série “Harry Potter” foi criar com paciência o mundo da magia. Escrito por ela e dirigido por David Yates, “Animais fantásticos: os crimes de Grindelwald”, segundo filme da nova série do mundo bruxo, erra ao sobrecarregar de subtramas uma história que teria tempo para ser contada nos próximos três filmes anunciados. O antecessor “E onde habitam” criou boas conexões com o público; “Os crimes de Grindelwald” é apressado ao lidar com o que já estava estabelecido e tenta ser maior do que ainda não precisaria ser.

A proposta é ótima: o mago das trevas Grindelwald (Johnny Depp) foge da prisão e reúne seguidores na missão de criar magos de sangue puro para dominar todos os seres não mágicos, em uma alusão ao Holocausto. No caminho dele, estão Newt Scamander (Eddie Redmayne) e seus animais fantásticos. Scamander é recrutado por Alvo Dumbledore (Jude Law), que terá uma história de origem. É pena que a Tina de Katherine Waterston e o Jacob de Dan Fogler fiquem apagados e que as tramas de Credence (Ezra Miller) e Leta Lestrange (Zoë Kravitz) sejam confusas. É uma seleção de personagens promissores, que merecme mais carinho nas sequências.

*Crítica de cinema

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Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald: *** (Bom)

Cotações: o Péssimo; * Ruim; ** Regular; *** Bom; **** Muito Bom