2019: OS FILMES DO ANO

Por TOM LEÃO

O ano é 2019. Para nós, ele já acabou. Mas, estará, para sempre, marcado em três clássicos da ficção-científica no cinema (um deles, uma animação), que se passavam neste ano, então um futuro ainda um pouco distante, no Século 21: “Blade Runner, o caçador de androides” (“Blade Runner”, 1982), “O Sobrevivente” (“The Running man”, 1987) e “Akira” (“Akira”, 1988).

Antes de se falar em ecologia, do modo como tratamos hoje, a distopia apresentada em “Blade Runner” (baseado no livro “Do androids dream of electric sheep?”, de Philip K. Dick, publicado em 1968), mostrava como seria um futuro, onde animais já não existem mais (tê-los, mesmo que sob a forma de réplicas/clones, era um luxo, daí o título original, que compara os anseios dos homens aos dos androides), a poluição tomaria conta do planeta, a ponto de fazer os humanos correrem daqui e irem morar em condomínios em outros lugares da galáxia (colonizados por nós), deixando na Terra apenas a escória. O filme, se passa na cinza e chuvosa Los Angeles de 2019, embora, no livro, a ação se passe em 2021, na mesma cidade.

Diretamente influenciado por “Blade Runner”, que criou um gênero conhecido nos anos 80 e 90, como cyberpunk, veio a animação japonesa “Akira”, de Katsushiro Ôtomo. Este, se passa em Neo-Tokyo, como a megalópole japonesa passou a se chamar depois de uma catástrofe nuclear. Acompanhamos as aventuras de dois amigos motoqueiros chamado Kaneda e Tetsuo, que têm poderes psíquicos; que, descobrimos ser advindo de experiências militares secretas do governo, num projeto chamado Akira.

Se “Blade Runner” já teve uma sequência recentemente, “Blade Runner 2049” (que se passa 30 anos depois do primeiro), “Akira” ganhou sinal verde para ser transformado em filme, pelas mãos de Taika Watiti (que dirigiu a última aventura de Thor, para a Marvel), mas acabou sendo posto na gaveta, podendo ser reativado a qualquer momento.

O outro ‘filme do ano’ é “O sobrevivente” (“The Runnig Man”, 1987), mais um veículo de ação para Arnold Schwarzenegger, que estava com o nome quente nos anos 80, depois de sucessos como “O Exterminador do Futuro” (1982), “Comando para matar” (1985) e “O Predador” (1987). Aqui, Arnie encarna Ben Richards, um trabalhador falsamente acusado de um crime. A pena é participar de um reality show chamado “The running man”, do qual ninguém nunca saiu vivo. Este, se passa num Estados Unidos que, depois de um golpe, passou a ser controlado pelos militares, num governo totalitário, que censura todo forma de arte e expressão. Baseado em livro de Stephen King.

E, só para constar, existe outro sci-fi distópico passado em 2019, “A ilha” (“The Island”), no qual as pessoas vivem num mundo escravizado, cujo sonho utópico é fugir para um lugar chamado ‘A Ilha’, onde terão liberdade. Dirigido por Michael Bay e estrelado por Ewan McGregor e Scarlett Johansson, o filme parece uma cópia disfarçada de “Fuga no Século 23” (“Logan´s run”, 1976), que tem plot bastante similar.

Seja como for, não estamos vivendo nenhum destes futuros distópicos, exatamente. Estamos mais próximos do mostrado em “No mundo de 2020” (“Soylent Green”, 1973), no qual a superpopulação faz com que os recursos do planeta, sobretudo os alimentos, escasseiem, tornando a vida aqui bem complicada.

RUGIDOS

*A anaconda, maior espécie de serpente do continente sul-americano, e uma das maiores do mundo, tem, ao longo dos séculos, povoado o imaginário coletivo com histórias fantásticas, devido à sua força extraordinária e tamanho. O Smithsonian Channel, exibe no domingo, 5 de janeiro, às 22h, um programa, feito por uma equipe alemã (formada por fotógrafos da natureza e biólogos), que parte em busca da verdade por trás das histórias alarmantes sobre as anacondas.

*O CCBB Rio de Janeiro, a partir do dia 8 de janeiro, começa uma mostra em homenagem aos 100 anos de nascimento de Federico Fellini, comemorados em 20 de janeiro de 2020. ‘Fellini, il Maestro’, é uma oportunidade única de assistir, na sala de cinema, vários clássicos do cinema mundial, de mergulhar no mundo felliniano, com suas histórias e personagens fascinantes. Após o Rio de Janeiro, a mostra segue para São Paulo – CCBB (26/02 a 23/03) e CineSesc (12 a 18/03) - e CCBB Brasília (24/03 a 19/04).

*O novo espetáculo do Disney on Ice, volta ao Brasil em 2020. As apresentações ocorrerão entre os meses de maio e junho em quatro cidades: Porto Alegre (12 a 17 de maio, no Gigantinho), Curitiba (20 a 24 de maio, no Ginásio Tarumã), São Paulo (a partir do dia 27 de maio, no Ginásio Ibirapuera) e Rio de Janeiro (a partir do dia 10 de junho, no Ginásio Maracanãzinho).