'Em 35 anos da carreira nunca vi tanta atividade': oceanos 'estão explodindo'
No Atlântico, o furacão Florence não está sozinho, outros estão se desenvolvendo, enquanto no Pacífico também se regista uma importante atividade ciclônica.
No hemisfério norte surgiram cinco tormentas nesta semana, entre elas está o perigoso furacão Florence, que se aproxima da costa leste dos EUA, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC, da sigla inglesa) norte-americano.
No Atlântico, o Florence (de categoria 2) não está sozinho, porque na parte oriental do oceano está se desenvolvendo o furacão Helene, de categoria 1, que avança na direção nordeste para a Europa. Prevê-se que o Helene perca força durante o seu caminho e chegue à parte ocidental do continente europeu em forma de tormenta, no início da semana que vem.
Entretanto, no mar do Caribe a tormenta tropical Isaac segue seu curso através das Antilhas Menores com ventos de mais de 70 quilômetros por hora na direção oeste, embora também se prognostique que possa perder potência e chegue à Jamaica em forma de depressão tropical na próxima segunda-feira.
No oceano Atlântico está se formando ainda outra tormenta, a Joyce, que se dirige para as ilhas portuguesas dos Açores, aonde, segundo a previsão do NHC, chegará como depressão tropical no início da semana que vem.
Porém, isso não é tudo: a 13 de setembro no centro do golfo do México foi registrada uma perturbação que, em 48 horas, poderia se converter em tormenta tropical.
Por outro lado, no oceano Pacífico, o super-tufão Mangkhut se aproxima da parte norte das Filipinas, onde as autoridades ordenaram a evacuação da população.
O meteorologista Tim Heller escreveu no Twitter que, durante os 35 anos de sua carreira, "nunca viu tanta atividade ao mesmo tempo nos trópicos".
Segundo o The Washington Post, os oceanos "estão explodindo com atividade ciclônica" e a formação simultânea de várias tormentas no Atlântico deve-se ao súbito alinhamento de dois fatores que os propiciam: a energia e o vento. Os ventos fortes na atmosfera podem impedir o desenvolvimento de tormentas a altitudes mais baixas e atualmente se registram ventos atmosféricos moderados na região. Além disso, o cisalhamento do vento atingiu seu mínimo sazonal, fazendo com que qualquer perturbação tropical incipiente se converta em tormenta.