Clientes e profissionais
Cerca de 20 cápsulas e várias gotas de medicamentos manipulados fazem parte da rotina da secretária Angela Ferraz, 56 anos, que é diabética. No balcão da farmácia de manipulação, ela aproveita para tirar dúvidas sobre o uso dos remédios e seus efeitos colaterais, receitados pelo médico. “Confio na indicação médica e tenho o mesmo sentimento em relação ao farmacêutico. Não tenho como desconfiar da segurança da manipulação, pois preciso me tratar e vejo aqui seriedade”, diz.
A proximidade entre clientes e farmacêuticos é recomendada pelos profissionais do setor, pois faz com que o paciente esteja mais protegido. “As pessoas às vezes esquecem que o responsável pelo medicamento é o farmacêutico. Assim como confiam em um médico, elas precisam ter um profissional de farmácia de confiança e conhecer o responsável técnico pelo estabelecimento de manipulação”, diz Alex Azevedo.
Uma das dicas para reconhecer estabelecimentos confiáveis é verificar se os documentos fornecidos pela Anvisa, pelo CRF e pela vigilância sanitária local estão expostos aos clientes e dentro do prazo de validade. “O certificado de regularidade perante o Conselho Regional mostra o horário de funcionamento da farmácia e diz quem é seu responsável técnico; a licença sanitária municipal e a autorização de funcionamento liberada pela ANVISA são documentos renovados anualmente”, explica o farmacêutico do Grupo Essencial, lembrando que as regras são rígidas e é preciso segui-las para continuar no mercado.
O profissional que também é o responsável técnico pelos medicamentos produzidos em suas farmácias, ou seja, responde legalmente por tudo o que acontece no local, independentemente de ter feito ou não a manipulação finaliza: “Os processos de produção precisam garantir a segurança em relação à falha humana e não deixar o profissional e o cliente vulneráveis. Para tudo existe checagem e o procedimento é seguro”, reforça.